Anelante
Serpente pisca pisca rastejante pela autovia emitindo sons de buzina Saindo da cidade deixada em ruínas rumando para onde a visão não alcança Mais uma rotina de plenilúnio Apagado por entre bestiais nuvens de fumaça dos cigarros eternos alimentados com o fogo do inferno E você não sabe que o céu é de porcelana chinesa? E que está se quebrando e caindo sobre nossas cabeças? As cabeças desprotegidas pairando sobre corpos inúteis sem vida O rock nas costelas se partindo ressoando em uníssono com a melodia de mal gosto Composta por gritos de dor Fremir do jazz em ossos.