Obrigado por ter deixado Niel e Gilbert juntos no final. Vai parecer estranho, mas não suportaria vê-lo vivo (Niel) e o Gilbert morto. Não fiquei chateado com o final, na verdade, fiquei satisfeito, porque do início ao fim é só tristeza e lembranças. Eles nunca ficariam juntos, senão fosse esse final, então, agradeço. Se envolver em uma história como essa é perigoso, ainda mais quando você esquece que está lendo um livro e sente cada trecho como verdade, e eu sou assim. Se não fosse o recado no final do livro, nunca aceitaria que foi tudo ficção. Eu iria pesquisar o colégio onde Niel e Gilbert se conheceram, suas fotos no tempo do internato e as cópias de suas cartas, porque eu sou assim. É loucura alguém pensar que esse livro trata sobre o mau da guerra, é puro sofrimento e escassez, de nunca ter e viver só para desejar. E as lembranças que só aparecem para reforçar que não estão mais juntos, e isso deixa tudo ainda pior. A guerra é só um pretexto bem firme para que não haja nem uma chance de se verem de novo. Dean, o autor, é o próprio universo recusando a união dessas duas almas. Mas eu entendo, não haveria cartas tão gostosas caso esses dois não tivessem se separado, agora eu entendo. É preciso sofrer para sentir, senão não é amor.