Sou alguém, e não sou ninguém. Escrevo como personagem do caos existencial e também como observador das areias do tempo, pairando sobre as ambições humanas e os desmedidos esforços dirigidos a obter o que quer que seja que possa atenuar as suas delicadas existências.
Como quem escreve impessoalmente em certas ocasiões, limito-me aos fatos, e não deixo, portanto, de tratar da estranha fagulha chamada de felicidade, ou do completo desvario chamado de amor. Como sujeito ativo nesse mundo, trato das minhas impressões, e não esperem, portanto, nada além de palavras maculadas por tudo o que vivi. Não haverá divisões delimitando quando deixei de ser indivíduo para ser essa entidade flutuante que tudo vê, que tudo percebe. Não é por falta de vontade, mas por não ser capaz de distinguir, em minha própria essência, quem escreve, enquanto escreve.
Minha própria interpretação de mim não poderá saciá-los, pois é incompleta e vazia. Isso não faz diferença, já que somente importa o que deixarei escrito ao longo do tempo, para quem compartilhar dos meus instantes de não existência como impessoal juiz da humanidade, ou para quem quiser conhecer a não original manchada visão de um indivíduo qualquer que aqui escreve.
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