Face o fato de escrever verso abstrato, faço resposta ao invés de questão.
Faço traço, bocejo, engulo palavras que cabem à minha boca, o que esgota é resto e não cabe no corpo, nu e intacto e aspirando por aparelho medical de poesia, artefato de sobrevivência rara, às vezes paliativo.
Jogo em livro, julgo com os olhos fechados,
poesia nunca foi pra julgar de olho aberto.
Olhe para si, jamais tão somente ao verso.
Vide o contrário, vade-retro Satanás! A poesia aspira mais.
Sou conspiração, mesmo com os joelhos cansados,
calço revolução, mesmo com os pés descalços,
causo hermético, em caso de família que acorda só porque ruiu o dia.
Nada é pensado, chamem de hermético ou estranho.
A estranheza me abraça, faz o melhor café que já bebi.
A engulo.
Sou ela.
- Volta Redonda/RJ
- EntrouJune 30, 2023
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Histórias de 𝙳𝚊𝚟𝚒𝚍 𝚁𝚎𝚒𝚜
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