Era a menina da mala carregada.
Aquela, de que só se falava
bem ou mal. Ninguém se importava.
─ e ela, o que pensava?
Uma dorzinha aqui, mas apenas ligeiramente.
Outra acolá, mas era só da sua mente!
As gotas, eram obra do tempo quente.
─ e ela, o que sente?
Facada no abdómen, facada no seu lado:
Era assim que a menina tinha desejado.
Culpava o chão, que se havia desmoronado
─ e ela, porque se terá calado?
Em silêncio, segue a sua procissão.
Aos Céus, pergunta a família qual a razão
de esta jovem ter escolhido tal opção.
─ e ela, qual seria a sua visão?
Corre o namorado, corre a amiga,
eles só queriam dar a última despedida.
Ao corpo, que já não tinha vida
e à alma, que estava destruída.