(RIO) escrito por mim
Vi-i-i-vo
de cara pro rioo
sem rumo, eu tô no cio
tô por um fio
de ir te encontrar de novo, bater na porta da sua casa
te encher de cheiro
fazer pirraça
Te convido pra entrar no meu porto atemporal, vem velejar, nas águas cristalinas das curvas do teu desejo monumental
Perambular pelas quinas do meu beijo
Vem que hoje eu to, vem que hoje eu to
Por um fio de ir te encontrar de novo, bater na tua porta, fazer pirraça no convés vazio do teu olhar
Mas se tu não quiser, pescador
Mas se tu não quiser, pescador
eu viro corrente ardente que desagua fasceira virando mar
Mas se tu não quiser, pescador
Vem desmistificar o teu desejo, amor
Me atravessa que eu viro rio, me atravessa que eu viro rio, vem desmistificar, amor
Vem me adentrar que eu viro rio
Mas se tu não quiser, pescador
peça ajuda aos céus e suas crenças ancestrais, porque eu tô aqui ainda mais
Vou te sugar por inteiro, beber do açude que banha teu corpo frio
te dissecar, ce nem vai ouvir
o batuque do meu tamborim
Eu sou mais que coisa rara, meu santo me guarda, no jogo, te lanço as cartas
No colo do meu rio, te deixo vil
Na ponta dos dedos, danço no meu terreiro vazio
aqui, amor nenhum se desfaz em mar.
Vi-i-i-vo
de cara pro rio
sem rumo, eu tô no cio
tô por um fio
de ir te encontrar de novo, bater na porta da sua casa
te encher de cheiro
fazer pirraça
Vem desmistificar o teu desejo, amor
Me atravessa que eu viro rio, me atravessa que eu viro rio, vem desmistificar, amor
Vem me adentrar que eu viro rio
desmistificar, desmistificar
Vem me adentrar que eu viro rio
Eu viro rio, viro rio