Para não pensarem que eu desisti, aqui um trecho do capítulo 42.
Já fazia uma semana desde a última vez que Kenma a viu em frente ao Cassino Paraíso Vermelho com todos seus capangas assistindo sua despedida lamentável, e seu humor estava péssimo desde então. Seu trabalho com rastreamento do assassino que vinha matando em seu nome estava ruim, mal calibrado pois sua mente insistia em voltar para onde não deveria, se perguntando irritantemente o que você estaria fazendo naquele momento, o que estaria pensando e se, por sorte, seria nele. Kuroo fazia piadas toda maldita vez que notava o irmão mais novo disperso e incapaz de similar palavras coerentes, como se soubesse exatamente para onde sua mente flutuava e gostasse de zomba-lo por isso, mas o loiro realmente não dava a mínima para nenhuma de suas gracinhas ou trocadilhos, era um fato irrefutável que ele não era mais o mesmo desde aquela fatídica noite chuvosa há semanas atrás, que por algum motivo ele havia sido abençoado com um coração depois de tantos anos sem senti-lo bombear em seu peito, aquela mulher era tudo o que ele queria ver antes de dormir e de encontrar ao acordar e por isso ele estava ainda mais focado em acabar com seus inimigos de uma vez por todas, – aquela brincadeira de gato e rato já havia passado da hora de acabar de qualquer maneira – estes que insistem em atrapalhar seus planos de ficar de folga por alguns meses, quase como se soubessem o quão cansado ele de lutar.
— Kenma, você não estava me ouvindo de novo!? — Kuroo resmungou ao lado, o loiro com o queixo apoiado na mão limitou-se a resmungar um “Hm?” pois realmente não ouviu uma única palavra que saiu da boca do mais velho. O maior bufou antes de apertar entre os olhos, uma mão na cintura e todo o terno impecável. — Kita está pronto para vê-lo, senhor.
— Obrigado. Irei vê-lo agora.
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