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E é tão doloroso. Tão insuportávelmente doloroso admitir que perdeu o senso comum de vida. Sentir-se nada além de uma massa irritante, ocupando espaços que não lhe pertencem. É necessário batalhar para se estar respirando e, a verdade, é que não deseja estar. Neste mundo frio e dilacerante, onde imperfeições não são aceitas e o julgamento vem antes de tudo. Onde te moldam em pró de teus próprios egos e rejeitam tua verdadeira forma. Já se cansou de pedir por dias melhores, instantes melhores, um mísero segundo melhor; e em troca, receber ainda mais danos na alma. Só quer poder fechar os olhos e finalmente ter calma, ao menos uma vez na vida, sem os ataques constantes de ansiedade à lhe desmoronar, sem o medo de dizer um simples "olá". Seu único sonho é escapulir para fora dessa inércia, essa vontade insaciável de tirar a vida que lhe foi tomada tantas vezes. Apenas por um pouco de silêncio. Que os demônios em tua mente se calem e que, por uma única vez, apenas uma, sinta-se em paz.

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E é tão doloroso. Tão insuportávelmente doloroso admitir que perdeu o senso comum de vida. Sentir-se nada além de uma massa irritante, ocupando espaços que não lhe pertencem. É necessário batalhar para se estar respirando e, a verdade, é que não deseja estar. Neste mundo frio e dilacerante, onde imperfeições não são aceitas e o julgamento vem antes de tudo. Onde te moldam em pró de teus próprios egos e rejeitam tua verdadeira forma. Já se cansou de pedir por dias melhores, instantes melhores, um mísero segundo melhor; e em troca, receber ainda mais danos na alma. Só quer poder fechar os olhos e finalmente ter calma, ao menos uma vez na vida, sem os ataques constantes de ansiedade à lhe desmoronar, sem o medo de dizer um simples "olá". Seu único sonho é escapulir para fora dessa inércia, essa vontade insaciável de tirar a vida que lhe foi tomada tantas vezes. Apenas por um pouco de silêncio. Que os demônios em tua mente se calem e que, por uma única vez, apenas uma, sinta-se em paz.

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Está trancado no quarto, com as janelas fechadas. Porque a luz incomoda tua retina e você passou a apreciar estar de mãos dadas com o escuro, dormindo 19 horas por dias e conversando com as sombras na parede. Seus vizinhos berram e comemoram, o quê mesmo? Você se pergunta. Não consegue compreender a felicidade de outrém; enquanto festejam a chegada de um novo ano tua ficha cai: o tempo está passando para àqueles à tua volta, mas não para você. Porque você nunca sabe que dia é, que horas são, que clima faz lá fora. 

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Não há como explicar o que é estar trancafiado dentro de si mesmo. O que é não ser capaz de sequer sorrir, chorar, ou esboçar qualquer tipo de reação. O que é sentir-se sufocado e com náuseas, incapaz de libertar o nó que lhe aperta a garganta. O que é ter a alma em prantos mas o corpo não. Inerte, como que preso à um coma de olhos abertos. O mundo está se passando ao redor, o relógio permanece em seu tic-tac incessante, as pessoas seguem com suas vidas. E você nada. Nada. Não sente nada, teu físico foi consumido pela dor e tua alma atingiu um patamar tão grande de exaustão que, quem diria, sente até falta de quando chorava à plenos pulmões no quarto. Se deita à noite e pede, antes do sono, por favor, que eu não desperte amanhã. Porque está farto de não conseguir distinguir se está vivo ou morto. Todos colocam a cara para fora, trabalham estudam, vão à padaria e ao supermercado. Se alimentam, três vezes ao dia (qual foi a última vez que comeu?), tomam banho, se perfumam, penteiam os cabelos. Princípios básicos que você não se vê capaz de realizar.