Baji esgueirou-se sorrateiramente, como um gato na chuva e seus olhos dourados tão fixos em você que se sentia fraca. Os mesmos olhos pelos quais se apaixonou aos doze anos, nada havia mudado desde então.
— Me esqueça — Você disse. Fraca e ingênua o bastante para acreditar nas próprias palavras.
Todavia Keisuke não era obediente, e ele adorava te ver quebrar todas as malditas vezes que chegava perto demais do seu coração.
— Não sou bom em esquecer das coisas, Minha rainha — susurrou a ultima parte, sorrindo arteiro.
Você respirou novamente e se virou, as costas te protegendo daqueles malditos olhos.
— Mas eu sou! — Alegou, trêmula — Saia da minha vida Baji.
— Você sabe que não será possível, nos encontramos todas as malditas vezes — Ele disse.
E então tocou a pele exposta das suas costas, lhe fazendo arrepiar ao toque, quase como um isqueiro perto de uma fogueira.
— Nos vemos por ai, Rainha.