leleyeol

 Destinatário. 
          	
          	Fechei meus olhos e o materializei como meu herói literário: cabelos compridos, olhar depreciativo, um metro e oitenta. E quando percebi, meus personagens haviam ganhado seu nome em versos bonitos de uma máquina de escrever, com textura, feição, essência e cores monocromáticas em um mundo policromático, tornou-se tão cinza quanto o entardecer onírico. Então abri os olhos e não havia nenhuma parte de mim que não pertencesse à ele: Jeon; meu Brad favorito. 

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 Destinatário. 
          
          Fechei meus olhos e o materializei como meu herói literário: cabelos compridos, olhar depreciativo, um metro e oitenta. E quando percebi, meus personagens haviam ganhado seu nome em versos bonitos de uma máquina de escrever, com textura, feição, essência e cores monocromáticas em um mundo policromático, tornou-se tão cinza quanto o entardecer onírico. Então abri os olhos e não havia nenhuma parte de mim que não pertencesse à ele: Jeon; meu Brad favorito. 

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Eu anseio tanto que o Jeon saiba que é amado, não apenas superficialmente, mas amado de verdade. Pois não é difícil amar ou gostar dele, ele brilha mais que as luzes mais brilhantes da cidade, mais que estrelas ou constelações inteiras, ninguém se iguala a ele. Único, etéreo e incógnita.

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Entre nós, Jeon, o vislumbre de amor verdadeiro deixou-te embriagado? 
          
          Sufocando em um oceano profundo, sensação de sufocamento laxante; teu peito latejando, comprimindo a falta ar em teus pulmões, sufocado pelo sentimento de amor verdadeiro, assombrado por rostos desconhecidos e corações que um dia chamou de teu lar. Sensações incógnitas. Será que o vestígio do verdadeiro deixou-te deprimido? Por Jacinto, leve meu coração embora, outrora e agora, para não esquecer-te que um dia fora teu lar, fazia morada contracenada com as mentiras que me contava. Pobre de mim, tão carente assim, buscando um vislumbre de nós naquele pélago intenso, segurando a tua âncora contra o peito, desenhando corações com nossas iniciais em árvores, doce tristeza de verão. Tu vem e vai, meu coração desenfreado palpita por você, meu bem querer. As palavras saltam do papel como pétalas de dente-de-leão assopradas por uma criança astuta, meu coração reluta e fajuta o teu amor. 

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Sinto que em algum lugar, entre pinheiros e arbustos; tintas gastas pelo tempo, há uma garota apaixonada por um garoto arco-íris — JK —  tão meticulosamente doce feito para ser amado por milhares de corações pulsantes, o quão egoísta seria ser amado só por um? Então ela escreve, mais e mais em sua máquina de escrever amarela, sobre um garoto de olhos tão intensamente brilhantes quanto nebulosas. Ela sabe que ele será seu primeiro e último caso de amor verdadeiro, e ela o guarda como um segredo, uma promessa e um juramento.