17 de dezembro de 2022
Querido Luluzinha ,
Sim você, quero tanto dizer que te odeio que mal interpreto meu próprio epitáfio, como te disse meus insultos são repletos por amor, e o meu maior rancor é a admiração, me sinto invisível e só
Perdi a essência de ser diferente de ser um louco inconsequente, nunca fui irresponsável mas nunca fui são, nunca me senti vivo mas nunca fui vivo, nunca experimentei tocar um simples violão porquê não me parecia certo, porquê não queriam que eu tocasse. Meu primeiro contato com um violão foi por dois segundos e ele foi vendido, no segundo eu tinha 12 anos, nunca estive tão animada por achar que teria uma mínima noção de algo que eu achava exuberante, mas o tomaram de mim pelo simples fato de eu não o pegar com a mão direita, você nem toca com a mão direita, você vive sua vida como Diogenes o cão louco, me faz te ver em abundância em conhecimento, em pensamentos acelerados é fantásticos, por ser você. Por não ser invisível, por ser assim e mesmo assim não ser feliz, o seu italiano é o maior mistério que eu nunca vou ouvir você dizer porque eu falei sem pensar e agora como o refrão de um bolero eu fui sincero.
Da moça que te faz mil perguntas que você achou que seria legal, mas no final é só mais uma idiota de mente pequena (Eu, Julia).