Escrever Desilusão foi como abrir o peito e deixar o coração falar, mesmo com medo, mesmo tremendo. Comecei esse livro num momento em que tudo parecia confuso demais, dolorido demais... e escrever foi a única forma que encontrei de não desmoronar de vez.
Cada capítulo, cada linha, foi escrito por uma versão minha que só queria entender o que estava sentindo. Uma menina que chorava escondido, que tentava disfarçar a dor com ironia ou silêncio, e que muitas vezes só queria sumir por um tempo.
Passei por coisas que ninguém com minha idade deveria passar: um relacionamento tóxico, traições, anos de bullying, confusões sobre quem eu sou, dificuldades dentro de casa, situações que me marcaram pra sempre — e mesmo assim, aqui estou. Viva. Escrevendo. Sentindo. Superando.
Esse livro é um retrato da minha dor, mas também da minha cura.
Foi aqui que eu consegui me ouvir pela primeira vez.
Foi aqui que eu aprendi a não ter vergonha de sentir demais.
E eu não teria conseguido sem algumas pessoas especiais que estiveram comigo no processo — seja ouvindo meus desabafos, me fazendo rir em dias ruins, ou simplesmente lembrando quem eu era quando eu mesma esquecia. Obrigada por não soltarem minha mão, mesmo quando eu estava tentando soltar a minha própria. Vocês sabem quem são.
Desilusão é sobre tudo que me quebrou.
Mas também é sobre como eu me colei de novo.
É imperfeito, cru, real. Assim como eu fui. Assim como eu sou.
Se você tá lendo isso e passando por algo parecido, só quero te dizer uma coisa: não desiste. Um dia, sem perceber, você vai olhar pra trás e se orgulhar da menina que sobreviveu ao caos — e foi forte o bastante pra transformar dor em arte.
Com amor,
Louise