Eu sou o inverso do comum, mas diferente do igual e equivalente a todo ser. Eu sou e não sou, choro e sorrio, caminho mas não saio do lugar e me apaixono por tudo mesmo sem saber ao certo o que é. Sou um paradoxo, dou dor. Sou terror, mas posso ser paz, calor. Frio, porém quente às vezes misto. Trago sentimentos, te deixo sem jeito, esqueço do medo e te jogo no meio da avenida mas eu vou junto e te salvo, não quero que morra! Mas se você sumisse por um tempo, apenas por um tempinho e nunca mais daqui a pouco voltasse, ficaria para tomar um café? Esqueça, já está muito tarde... gostaria de ficar aqui comigo? Está frio, não me ofereça sua jaqueta, ficarei mais perto do seu cheiro e ele me trará desejos. Mas é tão bom! Poderia dormir agarrada a ele, nesse cheiro misto de doce amargo e amadeirado, que paixão inabalável que sempre cai e transborda sem fim mas com pontos finais e várias frases, parágrafos, vírgulas e interrogações. É resposta para todas as perguntas que eu sinceramente não sei a resposta. É eterno finito, impossível abrasivo, concreto abstrato e bem meu mas está tão longe posso sentir o calor seu na minha pele queimada do sol que tanto amamos, quero que fique mas não por tanto tempo, apenas o suficiente, mas não conheço medidas para isso então só fique para sempre, ou até enquanto dure seu estoque de paciência por que eu sei que não sou fácil como um claro enigma, mas resolver algum dia a gente vai. Não estou te ligando para falar que te amo mas só para lembrar, esqueceu suas chaves e meu último beijo junto a nossas lembranças e aquele cheiro dos meus edredons e não esqueça sua jaqueta, deixe-a por aí já que eu amo sentir seu cheiro,não é mesmo? Parece que tudo anda mas permaneço parada, sou raiva, depois fé e em seguida dor que já virou prazer. Perdi no meio disso tudo eu mesma, então quem sou? Já não sei mais mas com certeza sou. Será que sou? Não devo ser mas quem sabe um dia, por quê...
Eu sou amor.