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Capítulo 14 ( parte 2)
            Charles olhou para seu guarda-roupa, o que seria adequado para uma “Férias Gregas”?
            
            Max soltou uma risadinha quando viu Charles sair com roupas de férias, “Você sabe que ainda não estamos na Grécia, né?” Ele perguntou.
            
            “Não, mas estamos de férias.” Charles fez uma dancinha para mostrar o quanto estava feliz e Max soltou outra risadinha.
            
            O voo até a Grécia levou três horas. Eles não haviam pegado o jato particular, então as pessoas apontavam para os dois, mas Max distraiu Charles dizendo que precisavam montar uma playlist.
            
            “Quem você gosta?”
            
            A mente de Max ficou em branco por um segundo, antes de perceber que Charles se referia a artistas, 
            “Black Eyes Peas”
            
            “E?”
            
            “Cavetown.”
            
            “E?”
            
            “E o quê?”
            
            “Todo mundo tem uma dualidade musical.”
            
            “Qual é a sua dualidade?”
            
            “Black Eyes Peas  e Michael Jackson .”
            
            “Ok,” Max pensou por um bom minuto. Ele não ouvia muitos artistas diferentes, “Eu gostava muito de  Frank Ocean quando era mais jovem.”
            
            “Você ainda gosta de Frank Ocean?” Charles estava familiarizado com o artista.
            
            “Eu não acho que você possa parar de gostar do Ocean.”
            
            Max disse e Charles acenou com a cabeça, adicionando à lista no seu aplicativo de notas.
            
            Na verdade, Max já havia montado playlists demais enquanto Charles dormia no voo de volta de Abu Dhabi, mas ele sabia que a música era onde Charles conseguia se desligar do resto do mundo.
            
            Quando chegaram em Atenas, o pouso foi um pouco áspero e Max engoliu, não gostando da sensação. Ele sentiu a mão de Charles apertar a sua e olhou para o monegasco, que lhe deu um sorriso reconfortante. Nenhuma palavra foi trocada, mas naquele momento, Max aceitou que nunca parou de gostar de Charles.

Capítulo 14 ( parte 1)
            “O que você vai fazer nas férias de verão?”
            Charles perguntou a Max por telefone. Ambos estavam fazendo as malas de última hora, então recorreram a uma ligação.
            
            “Não planejei nada, por quê?”
            
            Charles corou com a ideia que estava se formando em sua mente, mas Max não podia ver, então ele não se preocupou em esconder, “Você quer passar as férias juntos? Podemos ir para a França ou algo assim.”
            
            Max mal conseguiu esconder o sorriso da sua voz, “Eu adoraria.” E sua voz estava tão calorosa, tão genuína, que Charles se sentiu como um sorvete no sol, derretendo.
            
            Max e Charles estavam voando juntos de volta para Mônaco. Os outros pilotos já estavam indo para diversos destinos de verão, então os únicos outros pilotos indo para Mônaco naquele momento eram Esteban e Max, que compartilhavam nenhum sentimento um pelo outro.
            
            O jato de Max tinha wifi. Era precioso e Charles aproveitou cada momento disso. Ele e Max procuraram o que fazer antes de decidirem por uma viagem de carro pela Grécia.
            
            Quando aterrissaram, Max pediu um táxi para si mesmo e para Charles, já que moravam um de frente para o outro.
            

Capítulo 13 ( parte 2)
            Na primeira fila amanhã, teriam um Redbull e um Ferrari. Max e Charles. Duas das figuras mais icônicas do grid atual. Max estava pronto para a corrida. Tão pronto. Ele já havia garantido o título há um tempo, mas queria terminar a temporada com uma vitória sua. Desejou sorte a Daniel para sua corrida e Charles o abraçou. Ele se sentia invencível.
            
            A corrida foi de longe a mais agradável da temporada. Ninguém desmaiou, ninguém bateu, nada. Max manteve uma mão firme na liderança.
            
            O melhor de tudo, porém, foi que Charles correu como Charles novamente. Ele sentiu falta de seu rival fazendo curvas arriscadas e atrasando a frenagem. Ele até riu no rádio quando Charles ultrapassou Checo, “Isso foi arriscado aí.” Mas o sorriso na sua voz foi ouvido por toda a audiência.
            
            No pódio, Charles estava à sua direita e George à sua esquerda, e os três levantaram os troféus com orgulho. Charles sabia o suficiente para não se culpar pela corrida. Ele fez o melhor que pôde e, para ser honesto, se divertiu. Max estava em um carro superior, com uma equipe melhor, e ele não podia fazer nada sobre isso. Além disso, ele não achava que havia algo que pudesse fazer para fazer Max odiá-lo.
            

Capítulo 6 ( parte 2)
            
            Charles puxou os boxers mais para cima nos quadris, percebendo que estavam um pouco baixos. “Eu me machuquei.”
            
            “Como?” Ele tinha que explicar?
            
            “Com uma faca.”
            
            O rosto de Max mudou para um de choque. “Quem te machucou?”
            
            “Eu te disse,” Charles disse friamente, sem mostrar nenhuma emoção, “Eu me machuquei.”
            
            Max olhou para o piloto da Ferrari. Ele podia sentir a dor emanando dele, mas Charles não demonstrava nada disso, em vez disso pegando suas coisas e saindo, nem se dando ao trabalho de colocar o resto de suas roupas. Menos de um segundo depois, Max ouviu o bipe da fechadura da porta do seu quarto, a porta se abrindo e o clique ao fechá-la. O que ele tinha feito?

Capítulo 6 ( parte 1)
            
            Charles acordou em uma banheira. Sua camisa branca, antes encharcada de champanhe, estava no chão do banheiro ao lado dele, e perto disso estavam os jeans que ele usava. Ele xingou baixinho, a ressaca batendo forte enquanto saía do banheiro de boxers.
            
            “Bem, olá aí.” Max disse em voz alta, sorrindo ao ver a careta de dor. Ele tinha checado Charles mais cedo para ver se ele não estava morto. O barulho que ouviu foi Charles se despindo. Felizmente, ele estava coberto por um cobertor ou Max teria que desinfetar os olhos. Ele marcou suas impressões da noite passada como restos de sua intoxicação e não pensou mais nisso. Até ver Charles parado na frente dele de boxers.
            
            Ele teve que olhar duas vezes porque os boxers estavam baixos nos quadris. Baixos o suficiente para que ele visse cicatrizes aparecendo. Será que ele sofreu um acidente? Max teve a imagem mental de Charles caindo de um skate e sorriu, seu interesse despertado. “O Pierre deixou sua carteira, o cartão-chave e o celular.”
            
            Charles assentiu, “Posso pegar de volta?”
            
            “Quero algo em troca.”
            
            “Você literalmente tem tudo que tem valor.”
            
            Charles disse cansado. Max era estúpido?
            
            “Eu quero saber como você conseguiu essas cicatrizes.” Max sorriu, esperando uma história embaraçosa. Max não era estúpido, não, ele era só um idiota.

Capítulo 5 ( parte 4)
            Deu uma gorjeta de cem dólares pela inconveniência antes de voltar para seu quarto, 133, “Este não é o meu quarto.” Charles fez uma careta.
            
            “Você não é nada observador, hein?” Max disse, com sarcasmo escorrendo de seu tom.
            
            Não querendo dormir na mesma cama que Charles, ele colocou o homem na banheira. Ele merecia a cama só para si. Colocou alguns travesseiros e ajudou Charles a se deitar, Charles fechou os olhos enquanto Max jogava o cobertor sobre ele. “Boa noite, Maxie.” Ele murmurou.
            
            “Boa noite, Charles.” Max suspirou antes de desligar as luzes do banheiro. O sol já estava começando a nascer, então havia luz suficiente pelas janelas. Ele ouviu alguns movimentos dentro, mas ignorou. Banheiras eram horrivelmente desconfortáveis às vezes.
            

Capítulo 3 ( parte 3)
            Max saiu do carro, tirando o HANS device e dando um tapinha no carro em um gesto de apreciação.
            Ele caminhou até Checo para parabenizá-lo e depois até Charles, já pensando no que dizer.
            
            Charles sentiu tontura. O mundo ao seu redor girava enquanto um piloto de azul caminhava em sua direção. Ele estendeu a mão, mas Charles não conseguiu pegá-la, pois o mundo inclinou. Ele esperou sentir o impacto do asfalto, mas ele nunca veio.
            
            “Alguém chame os médicos!” Max gritou preocupado, segurando o piloto da Ferrari desmaiado. Ele já tinha visto pessoas desmaiarem, mas nunca com um sangramento nasal como o de Charles agora. Era preocupante porque ele sabia que isso não era um bom sinal.
            Ele tirou o capacete de Charles, inclinando levemente a cabeça dele para cima e protegendo-o das câmeras enquanto chamava os médicos novamente 
            

Capítulo 3 ( parte 2)
            
            Quando começou o Qualifying (Classificação), Max se concentrou, sentindo cada parte do carro, enquanto o mundo ao seu redor desaparecia. Ele respirou fundo antes de partir como um foguete, o cheiro de combustível e pneus preenchendo seus sentidos. Ele não sentia nada no carro, mas, ao mesmo tempo, sentia mais do que jamais havia sentido. Era normal. Todo mundo tinha um habitat, e o de Max era o carro; a pista era sua para dominar, e ele não deixaria passar uma oportunidade como aquela.
            
            Ele fez o primeiro setor mais rápido e, em seguida, o segundo, e em sua volta conseguiu os três setores mais rápidos.
            Foi chamado para os boxes depois disso, e ninguém bateu seu tempo, então ele avançou para o Q2.
            
            O rugido do motor abafava a multidão, e Max dominou o Q2. Na rodada final, ele não estava nervoso. Era um piloto superior em um carro superior. A única pessoa que poderia chegar perto de vencê-lo estava em um carro ruim, e o resto das lendas no grid já haviam passado de seus melhores momentos – exceto talvez Alonso, mas ele foi eliminado no Q2.
            O grid de largada era liderado por Max, seguido por Sergio, depois Charles, seu companheiro de equipe, os dois McLarens, e ele não se deu ao trabalho de memorizar além disso.
            Ele veria amanhã quando os ultrapassasse.

Capitulo 3 ( parte 1)
            A academia estava, como de costume, vazia quando Charles entrou. Ele colocou os fones de ouvido e começou a correr. As músicas animadas em sua playlist deu lugar a David Kushner, Black Eyes Peas e, em seguida, apenas ao piano.
            Assim que sua playlist começou a se repetir, ele terminou o treino. Sorriu ao descer da esteira, cada osso de seu corpo enfraquecido pela exaustão. Ele deveria estar na pista em quatro horas, que ficava a menos de dez minutos de distância, então Charles dormiu por três horas e meia.
            
            Carlos já estava na pista quando Charles chegou. Ele estava conversando com sua paixonite, outro piloto de F1, Lando Norris. Os dois estavam muito obviamente apaixonados. Isso era visível a quilômetros de distância. Charles entrou na sala dos pilotos para se preparar. Não precisava fazer nenhum exercício naquele momento, e seu aquecimento só seria feito antes da corrida, então ele tinha algum tempo livre.
            Ele se deitou no sofá, tentando não cair enquanto voltava a cochilar.
            
            A habitual personalidade vibrante de Charles Leclerc felizmente não tinha agraciado os outros pilotos com sua presença. Max se perguntou onde ele estava. Charles geralmente era extremamente ativo nos dias de corrida, mas hoje, ao entrar no paddock, parecia que sua alma havia sido sugada. Ele se perguntou se isso afetaria seu desempenho. A Ferrari já tinha estragado tudo para Charles, mas ele visivelmente trabalhava mais do que a maioria dos pilotos para compensar o fato de que a Ferrari estava constantemente prejudicando-o.