"Me lembro do tal Jimin. Ele estava escorado na parede, de braços cruzados, com uma expressão amuada. Seus olhinhos pequenos e bonitos pareciam marejados. Me dou conta de que ele e minha vó eram provavelmente muito próximos. Se ele é um fantasma e ela era a única capaz de vê-lo, isso queria dizer que ela era a única amiga que ele tinha. A única pessoa com quem ele podia conversar, em todo o tempo em que estivera ali. E até onde eu sabia, poderiam ter sido dias, ou até mesmo anos.
Subitamente, me senti curioso sobre ele. Quem ele era? O que havia acontecido? Por que ele estava morto? E o mais importante: Há quanto tempo estava preso aqui e o que diabos eu deveria fazer para ajudá-lo? Meu raciocínio poderia ser lento, mas não era sempre. É que eu realmente viajava na maionese às vezes — lê-se quase sempre. Mas de uma coisa eu tinha me tocado: Se minha avó que era uma Mediadora experiente, não havia conseguido ajudá-lo, eu também não conseguiria.
Aliás, eu nem sabia como se fazia isso. Era assustador. Não sabia como ajudar esse fantasma. Queria muito questioná-lo. Queria bombardeá-lo de perguntas. Mas não sei muito como funcionam as regras de etiqueta no submundo. Quero dizer, eu acredito que não seja nada educado e cortês, chegar num sujeito e perguntar: "Hey, à propósito, quem te matou?"
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