O PRÓLOGO de Crown Beneath the Moon vem aí!!
— Tu não te deves puxar o cabelo da sua irmã! — Findecáno reprimiu o irmão, franzindo a testa logo após vê-lo esconder as mãos e Finlothrinë tocar o topo da cabeça, resmungando — É de seu desejo que Russo leve Culunárë de volta para os estábulos? Melhor ainda, queres que amya saiba que estás desfazendo as tranças que ela tanto dedicou-se?
Finrocáno calou-se, mas cruzou seus bracinhos teimosos. Todos ali presentes sabiam como eram procelosos, pois nem mesmo Findecáno era capaz de controlá-los, embora fosse o único ali cuja autoridade eles respeitavam. Outra discussão se iniciou entre os pequenos, e o mais velho perdeu a paciência.
— Chega — Findecáno exclamou, segurando a corda firme entre seus dedos, impedindo que qualquer um de seus irmãos pequenos a pegasse — Culunárë irá repousar, e nós temos de voltar para nosso lar! Hei de ter uma conversa com nosso atya, vós estais muito teimosos!
E maldito foi o momento em que Findecáno soltou as cordas que prendiam o grande corcel, pois Huan, que há alguns minutos havia tomando implicância com um pássaro que exibia suas asas douradas no topo dos galhos folheados, começou a latir e tentar saltar para o topo da árvore. E seus rosnados assustaram Culunárë, que relinchou em espanto, erguendo-se em suas pernas traseiras, não tão alto, mas o suficiente para que Findecáno caísse com suas costas no chão.
Depressa, Maitimo levantou-se, tropeçando em seu manto vermelho escarlate, indo até Findecáno. O mais velho de Nolofinwë resmungou palavras rudes enquanto tocava as costas doloridas pela queda, mas todos ali olharam depressa para Culunárë, que correu para o meio da floresta, levando em suas costas o casal de gêmeos.