Um gostinho do prólogo de DOOMFIRE!
“Mas, mesmo esperançoso, Arendil cessou sua música antes do fim, como um pássaro interrompendo o chamado de seu bando. A noite finalmente ficou silenciosa, e ele desarmou sua pequena harpa e a descansou em seus joelhos, aceitando que Legolas não mais viria. Ele curvou a cabeça para cima, encarando o topo da árvore ao seu lado, assistindo suas folhas caírem. Como uma criança tentando apanhar uma borboleta, o elfo estendeu a mão para tentar recolher uma das folhas que caía em sua direção.
— Por que você parou?
E, em súbito, Arendil se virou. Quando a voz rompeu seu silêncio, seu coração por pouco não saltou para fora de seu peito. Não muito longe de onde ele estava, Legolas estava sentado, vestindo trajes prateados e uma simples tiara de prata em sua cabeça, misturando-se com seus cabelos da mesma cor. Seus olhos azuis atravessavam a multidão para, enfim, chegarem até os de Arendil, que, apesar de aliviado ao saber quem era, não demonstrou — ou pelo menos se esforçou para que não ficasse nítido.
— Você me assustou — o músico confessou, ajustando sua postura sobre os joelhos e deixando o instrumento de lado, repousando sobre as folhas secas — Achei que não viria, Lassea.
Mesmo que sua atenção não estivesse em Legolas, Arendil o ouviu respirar fundo. Logo em seguida, ele se ergueu de seu assento e caminhou até que caísse sentado ao lado do ruivo.
— Você me chamou.”