Tenho 16 anos e o mundo parece gigante,
mas meus passos são leves, quase flutuantes.
Prefiro os cantos, os silêncios discretos,
a presença de quem entende meus afetos.

Choro sozinha, sem testemunhas,
minhas lágrimas são minhas palavras ocultas.
Não me desabafo para qualquer um,
só para aqueles que sabem ouvir com o coração.

Sou tímida entre risos e olhares,
meu mundo é feito de pensamentos secretos.
As pessoas veem apenas a superfície,
mas dentro de mim há mares e desertos.

Guardo meus segredos como tesouros,
cada dor, cada medo, cada desejo.
Às vezes me sinto pequena no universo,
mas minha essência é forte, intensa, sem preço.

Tenho medos que não compartilho,
sonhos que só eu ouso perseguir.
O mundo lá fora é ruidoso e confuso,
mas dentro de mim há calma, há luz, há azul.

Minha alma é silenciosa e profunda,
um refúgio para minhas próprias emoções.
Sou tempestade e brisa,
sou lágrima e sorriso,
sou inteira, mesmo quando ninguém vê.

E mesmo na solidão, aprendo a me amar,
a valorizar meus gestos, minhas cores, meus passos.
Tenho 16 anos e já sei que a vida é intensa,
e que minha timidez não me limita,
ela me torna única, invisível e eterna.