Em um domingo a noite a solidão bateu em minha porta, e eu abri.
Ela entrou toda furiosa dizendo que mais uma vez eu atrapalhei suas férias de verão
Eu pedi mil desculpas e ofereci que ela se sentasse um pouco e tomasse um bom vinho, ela aceitou e, aos poucos, foi se acalmando e depois de várias goladas de vinho fomos nos entendendo
Era sempre assim quando ela chegava, e depois de um determinado momento lá estávamos nós rindo e relembrando de todos os perregues aos quais já passamos
Já passa da meia noite, é melhor eu ir, a solidão fala olhando para o relógio
Não vá, fique aqui comigo esta noite, está frio lá fora e eu tenho cobertores quentinhos...
E olhando nos meus olhos ela sorriu gentil me abraçando sem me tocar, não era preciso dizer muito, ela sabia que eu estava mal mas com ela aqui eu sabia que ficaria bem outra vez