| minha cena favorita de A MÁSCARA DOURADA.
Ele olhou, e então, com os olhos ávidos, a viu.
Mais uma vez, como se o destino, em sua sabedoria silenciosa, finalmente tivesse decidido que aquele era o momento.
Pareceu irreal, mas lá estava ela.
Era como um sonho distante, mas ali estava ela, tão real quanto o próprio ar que ele respirava.
Mais uma vez, como se Deus tivesse, em seu jogo de fios invisíveis, trazido-a de volta, exatamente onde ela deveria estar.
Nêmesis.
Nêmesis Van Célestin.
O seu deleite.
E, por um momento, o tempo pareceu se suspender, como se o próprio mundo tivesse parado para assistir. Seu peito, por um instante, se calou, como se as batidas tivessem se perdido nas infinitas possibilidades daquele olhar. Era como se fosse a primeira vez que a via, embora soubesse que já a conhecia, como se ela fosse uma memória que ele ainda não havia vivido.