A alma humana é como um jardim, delicada e sensível às influências externas. Cada decepção é como uma tempestade que sacode as flores e arranca as folhas, deixando marcas profundas em seus corações. As pessoas mudam com as decepções, como as árvores que se curvam ao vento forte.

A inocência e a confiança se transformam em desconfiança, a pureza se mancha e a esperança se apaga aos poucos. As risadas se tornam mais raras, as lágrimas mais frequentes. As palavras são ditas com cautela, os gestos são medidos, a armadura é erguida.

As decepções moldam as pessoas, curvando suas costas e enrijecendo seus corações. A fragilidade é substituída pela força, a vulnerabilidade é disfarçada pela coragem. As experiências amargas são absorvidas como lições, tornando-os mais sábios e precavidos.

No entanto, por trás das cicatrizes e da armadura, ainda reside uma alma sensível e delicada. A dor não apaga a beleza, apenas a transforma. E assim, as pessoas mudam com as decepções, mas nunca perdem a capacidade de se renovarem, assim como as flores que ressurgem após a tempestade.