Nos campos de sombras, onde sussurros dançam,
Uma menina sorri, na penumbra avança,
Com flores de margarida em seu pequeno punho,
Um sorriso encantador, um olhar com um brilho.
Alegria e terror, entrelaçados no ar,
Entre risos e prantos, ela aprende a jogar.
Em sua mente de vidro, a luz reflete crueldade,
A infância perdida em um mar de insanidade.
Os dias se entrelaçam, em tramas sutis,
Cada flor uma promessa, cada ato um perfil.
Sobre corpos esquecidos, ela deixa suas marcas,
Um toque de verão, em vidas tão arcaicas.
Em sorrisos distorcidos, o carinho se esconde,
Um irmão, um confidente, em seu cerne responde.
Mas a fragilidade do amor é um jogo arriscado,
E o doce coração do menino, em dor também marcado.
Em labirintos de terror, suas ideias borbulham,
Enquanto as chamas da vingança sedentas se esfregam.
Um espetáculo obscuro, onde vidas são consumidas,
Margaridas em meio a cinzas, promessas esquecidas.
Ah, Serena das flores, uma artista da dor,
Entre risos macabros, você dança com o amor.
As margaridas de sangue em sua dança entrelaçam,
Um balé macabro onde as almas se desfaçam.
Cuidado, mundo inocente, ao cruzar seu caminho,
Pois nas pétalas brancas, um desvio é um espinho.
A beleza do horror em sua mente inquieta,
Espera, então, por você, como um segredo à espreita.