os dias me puxam para baixo, como um barco naufragando
sou pisoteada, dia após dia, pela imensidão do mar
não consigo respirar, nem me mexer, muito menos fazer algo para mudar
estou sendo puxada
cada vez mais para baixo
vou me afogando
vou me perdendo
em um rápido vislumbre, vejo a luz, tão brilhante como o sol
mas desperto, e novamente, estou sendo esmagada pelo obscuro. pelo infinito.