Nessa semana passada, para ser exata na terça no final do dia recebi uma das piores notícias que já tive. minha vizinha e amiga de quase 20 anos havia falecido devido não ter resistido à cirurgia do coração.
54 anos de vida, havia sonhos a serem realizados ainda, estava morando em sua nova casa que está tão linda por sinal, era avó de duas crianças maravilhosas e mãe de três filhos e um casamento de se admirar pelo tamanho do amor que o esposo tinha por ela e o cuidado de sempre está com ela.
Eu simplesmente fiquei em choque durante a manhã do enterro, ver o corpo naquele caixão, sem respirar, como se estivesse dormindo. Sua feição era de descanso, paz. Mas mesmo assim meu ser não aceitava e ainda reluto em aceitar que ela se foi.
Como a morte pode ser assim? Eu sinceramente fico me perguntando como pode alguém está no auge de sua vida, partir assim... tão rápido. Confesso que a questão da morte é algo que nunca entendi e talvez nunca venha entender de fato.
Eu a considerava como uma mãe para mim e tinha (e ainda tenho) muito carinho pela família dela.
Meus amigos me disseram que faz parte do luto a rejeição... mas porque a pessoas conseguem superar tão fácil uma morte e eu ainda passo anos e anos sem acreditar que aquela pessoa se foi? Lembro-me de quando levaram minha gata de quase 9 anos de idade para fazer eutanásia, estava com leucemia em estado terminal e eu não pude fazer nada a não ser deixá-la ir.
Prometi que o próximo gato que eu teria iria cuidar como nunca cuidei dela. Hoje tenho uma gata muito sapeca, o oposto da minha falecida gata e que me tira boas risadas.
Talvez seja isso mesmo, fases precisam ser vividas e o luto tem que ser respeitado, mesmo que possa doer até sangrar.
Viva uma fase de cada vez e respeite sua dor e a dor do outro, só assim poderemos de fato dizer que temos empatia uns pelos outros.