Um homem estava a viajar de carro quando este avariou em frente a um mosteiro. Sem outras opções, o homem pediu a um dos monges para passar lá a noite enquanto a ajuda não chegava, o que o monge consentiu.
Durante a noite, o homem ouviu um barulho estranho. Curioso, na manhã seguinte, decidiu perguntar ao monge o que tinha sido aquilo, mas este respondeu: "Não lhe posso dizer, o senhor não é um monge!"
O carro do homem foi concertado e ele foi à sua vida.
Alguns anos depois, o mesmo homem avariou o seu carro em frente do mesmo mosteiro. Como anos atrás, pediu a um dos monges para passar lá a noite, o que, novamente, lhe foi concedido.
À noite, voltou a ouvir aquele barulho estranho. Na manhã seguinte, voltou a tentar perguntar ao monge o que tinha sido aquilo, o que novamente lhe foi respondido com: "Não posso, o senhor não é um monge!"
Dominado pela curiosidade, disse: "Se é preciso ser monge para saber, como me torno um monge?"
O monge respondeu: "Terás de viajar pelo mundo e contar todas as lâminas de folhas e grãos de areia."
O homem assim fez. Muitos anos depois, voltou ao mosteiro e disse: "Há biliões de lâminas de folhas e triliões de grãos de areia. Agora que sei disso, sou um monge, certo?"
O monge respondeu afirmativamente.
"Se eu sou um monge, já posso saber o que era aquele barulho!"
O monge guiou-o até uma porta de madeira.
"O que procura está atrás desta porta."
O homem tentou abri-la, mas estava trancada.
"Onde está a chave?"
O monge entregou-lhe a chave e ele destrancou a porta. Atrás dela, havia outra porta, desta vez de pedra. O homem pediu a chave e destrancou-a, revelando uma de rubi atrás desta.
Ele foi destrancando as portas, passando por uma de safira, uma de esmeralda, uma de platina, etc. até chegar à última porta.
O monge disse: "Esta é a última chave, para a última porta."
O homem pegou na chave, colocou na fechadura, rodou e abriu a porta.
Atrás dela, estava a fonte daquele som: coisa que não vos posso contar porque vocês não são monges!