Comecei a escrever na adolescência e sentia como se pudesse gritar sem acordar meus monstros! Bom, pelo menos era nisso que eu acreditava, mas com o tempo percebi que a saída, na verdade, era uma porta de entrada. Eles me viam, só não podiam mais me arrebentar a carcaça.

Grande parte do que escrevi em cadernos pautados, virou lixo, por alguma razão na época eu sentia uma necessidade enorme de me desfazer de tudo aquilo. Era como vomitar e depois limpar toda a sujeira sem deixar vestígios.
Nos momentos em que não consigo dar voz aos meus pensamentos, escrever alivia o fardo!

É como se pudesse viver em universo paralelo cheio de saudade, mas sem que a dor me provoque pelos cantos!