Diante de um mundo de imperfeições, escrevo imperfeições para pessoas que buscam perfeições nesse mundo em meio à desolação, na tentativa de trazer sentido ao caos que nos cerca. Escrevo para lembrar que o belo nem sempre reside no impecável, mas nas marcas que carregamos, nas histórias que contamos e na força que encontramos para seguir.

É como o tambor de crioula do Maranhão 🥁, que ressoa com sua batida irregular e seus passos espontâneos, mas encanta pela alma que carrega. É nas mãos calejadas das rendeiras de São Luís 🧵, que, com paciência e amor, tecem delicadas redes de bilro, mostrando que mesmo o erro em uma trama pode virar arte. Talvez, então, sejam as nossas falhas que dão forma à nossa humanidade, e não o desejo inatingível por uma perfeição que nunca existirá.

Que as palavras cheguem como um sussurro ao coração cansado, como o canto das marés de Alcântara 🌊, trazendo consigo o lembrete de que ser imperfeito não é um erro, mas uma parte essencial do que nos faz reais. Que sejamos como as palmeiras de babaçu 🌴, que se curvam ao vento, mas permanecem de pé, ou como o colorido das festas de bumba meu boi 🎭, onde a alegria nasce da simplicidade e da imperfeição.