Pasmem, escritores descobrindo que suas obras influenciam os outros. Esse é um dos motivos pelos quais fiquem um tempão sem conseguir ler nadinha, estava simplesmente “traumatizada” com Bridgerton e a Júlia Quinn, pois é, era uma das minhas autoras favoritas até que estava analisando uns livros dela com minha amiga e finalmente enxerguei o quão problematico são.
Exemplos: no livro da Daphne e do Anthony simplesmente tem uma normalização (até romantização, ouso dizer) de @bus0/estup marital, e tem um outro livro dela que me deixava MUITO mal, me passava um sentimento pessimo e agora eu entendo muito bem porque.
Quando li essas coisas estranhei, obviamente, mas aí me lembrei de quantos fãs tinha e quantas pessoas muito mais velhas que eu aplaudiam isso (até minha professora por exemplo) então pensei que estava tudo bem, quando não, não está tudo bem. Bridgerton é apenas um exemplo de livros desse tipo, não é nada tão implícita (como Haunting Adelaine por exemplo) mas se você parar pra pensar, está ali na sua cara. Fiquei tão decepcionada com a Júlia Quinn que até comentei com minha PSICÓLOGA e ela mesma disse que coisas assim podiam influenciar. Imagine só, tudo bem o seu marido dizer que seu corpo é dele por direito e que você o está negando isso (como o Anthony faz) e essa desculpa de “ai mas é um livro de época” simplesmente não faz o menor sentido quando Bridgerton está longe de seguir com elementos do contexto histórico da coisa, me soa apenas com desvio de caráter mesmo.
Desde então, tenho sido extremamente exigente com o que consumo, o que enfio na minha mente. Vocês também deveriam, está cheio de autor louco aí que vivem a passar pano.
