Queridos leitores, hoje preciso dividir com vocês uma decisão importante. Apaguei meus livros e, por enquanto, não pretendo publicar nada. Essa escolha não nasceu do acaso, foi fruto de muita reflexão e também da orientação da minha psicóloga, que me ajudou a enxergar aquilo que, sozinha, eu não conseguia admitir.
Percebi que, quando mergulho demais nos escritos, acabo me perdendo em delírios, em mundos paralelos que me afastam da realidade que preciso respeitar. E, nesse movimento, o risco maior é deixar de lado aquilo que mais importa, minha família, meu lar... Eles são meu alicerce, meu presente vivo, meu porto seguro. Não quero que a minha escrita, por mais bonita e verdadeira que seja, se transforme em algo que me afaste de quem eu amo ou do respeito que devo cultivar todos os dias dentro de casa.
Minha psicóloga me ajudou a compreender hoje de manhã que, neste momento, o silêncio pode ser mais saudável que a palavra, e o cuidado com a vida real precisa vir antes do devaneio. Sei que escrever sempre foi parte de mim, mas também sei que a escrita pode esperar. A família, não.
Agradeço imensamente a cada um que acompanhou minhas palavras até aqui, que se emocionou, que se reconheceu em minhas linhas. Guardarei esse carinho comigo. Quem sabe, em outro tempo, eu volte a escrever de forma pública, quando conseguir fazer isso sem me perder de mim mesma e sem deixar de honrar o que é sagrado para mim.
