Tem histórias que a gente lê e percebe o quanto certas coisas são tratadas de forma errada. Às vezes transformam dor em algo “atraente”, ou colocam transtornos sérios como se fossem apenas um traço interessante do personagem. É romantizar o sofrimento e faz parecer bonito. Nem tudo que dá boas cenas precisa ser normalizado ou fantasiado. E eu mesmo acabei lendo uma dessas por recomendação, sem imaginar o que ia encontrar. Foi desconfortável perceber como algo tão pesado estava sendo mostrado como se fosse normal. Por sorte, a história acabou sendo excluída e, sinceramente, ainda bem. Às vezes a gente esquece o impacto que essas narrativas têm, principalmente em quem é mais novo e não entende o peso real do que está sendo retratado. Porque no fim, histórias influenciam. Elas moldam percepções, despertam curiosidades e, muitas vezes, ensinam mesmo sem intenção. Quando algo é retratado de forma leviana, acaba validando comportamentos e ideias perigosas. Não é sobre censurar, mas sobre ter consciência do que se escreve e compartilha.