𝐒𝐮𝐧𝐟𝐥𝐨𝐰𝐞𝐫 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭

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Busan, Coreia do Sul, Três e Meia.

𝐉𝐔𝐍𝐆𝐊𝐎𝐎𝐊

─ Poderia me explicar o que Jimin faz aqui?

─ Vocês precisam conversar Jungkook. Por isso o convidei.

─ Ele e eu não temos nada pra conversar!

─ Pare de agir como a criança mimada que eu sei que você não é e se resolvam!

─ Você precisa disso JK. Embora esteja insistindo com todas as suas forças que não.

─ Eu não quero forçá-lo a nada Jin. Então Jungkook, saiba que se você quiser eu atravesso aquela porta e esqueço que um dia tudo isso aconteceu.

─ Está tudo bem Jimin. JK diz após respirar fundo e se acalmar um pouco.

─ Como Jin falou, acho que nós dois realmente precisamos disso.

─ Venha então. Vamos conversar no jardim.

Ao chegarmos no jardim, vejo que Jimin também tinha preparado uma surpresa para mim: um adorável piquenique!

Com direito a: chá gelado, tangerinas, torta de limão e girassóis.

─ Desde quando você passou a gostar de girassóis?

─ Meu pai era floricultor e em seu jardim as flores que ele mais cultivava eram girassóis.

─ Por quê?

─ Eram as flores favoritas da minha mãe.

─ Então no dia em que eu estava retornando a Busan, descobri que ela havia tido uma parada cardíaca e falecido.

─ Eu sinto muito.

─ As únicas lembranças que me restaram dela foram os girassóis que ela tanto amava.

─ É por isso que os detesta tanto?

─ Desde que você foi embora, eu passei a cultivá-los também.

─ Então eles deixaram de se tornar uma lembrança dolorosa pra mim.

─ Pois agora eles me lembram você. E você cega todas as minhas dores girassol.

─ Eu tenho um presente para te dar.

─ Abra. Jimin diz após me entregar um pequeno baú que estava dentro da cesta de piquenique.

─ O que é isso? Pergunto a ele depois de encontrar um colar dentro do bauzinho.

─ Esse colar era da minha mãe. Lembro-me que após contar a ela que era gay, ela me abraçou, secou as minhas lágrimas e disse que estava tudo bem.

─ Que o fato dela ter um filho gay não diminuiria o amor dela por mim e nem a minha importância em sua vida.

─ Minha mãe então me entregou esse colar e disse que era para eu entregá-lo a minha alma gêmea.

─ Mas você entregou esse colar para mim.

─ Eu sei. Depois de cinco anos eu finalmente pude entregá-lo a alguém.

─ Está me falando que eu sou sua alma gêmea?

─ Sim. Você é a pessoa com quem eu quero viver até o último dia da minha vida.

─ Aceita namorar comigo?

─ Eu aceito! É claro que eu aceito! Digo com os olhos inundados de lágrimas. Que desta vez, eram de felicidade.

─ Então, venha e me beije olhos de jabuticaba. Pois tudo que eu quero é estar na chuva com você. Beber um chá gelado enquanto estamos resfriados assistindo TV. E então na sexta-feira comeremos torta de limão e ficaremos com as mãos fedendo a tangerinas. Mas eu não me importarei. Contando que seja com você, eu sempre estarei em utopia.