𝐒𝐮𝐧𝐟𝐥𝐨𝐰𝐞𝐫 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭

𝐔𝐧𝐞

Busan, Coreia do Sul, 1970.

𝐉𝐔𝐍𝐆𝐊𝐎𝐎𝐊

Acordo angustiado. São Sete e Quinze da manhã, e meu despertador, acabara de tocar.

Mas como o bom estudante de psicologia que sou, tomo uma ducha gelada, apanho uma tangerina e vou para a faculdade.

Após quatro horas cansativas de aula, finalmente me vejo livre daquele inferno.

E assim como todas as manhãs após a faculdade, colho alguns girassóis e traço um caminho em direção a um lugar muito conhecido por mim: a emissora Sunflower.

Chegando lá, adentro com cautela o local. Esperando que Jimin já tenha chegado. E esteja em sua escrivaninha escrevendo o roteiro de hoje para a rádio e tomando seu chá gelado favorito. Como todos os dias.

─ Bonjour Jimin!

─ Como está?

─  Colhi alguns girassóis para você.

─  Bom dia.

─ Estou bem.

─ E você?

─ Por que insiste em me trazer girassóis?!

─ Daqui a pouco a minha casa não terá mais espaço para abrigar todas essas flores.

─ Então quer dizer que você não joga fora os girassóis que te dou?

─ Sim. Quer dizer não!

─ Você sabe que eu detesto girassóis.

─ Poderia então, pelo menos tocar Tom Jobim?

─ Você não sabe mudar o disco?

─ Todos os dias você pede que eu toque suas música!

─ Eu sei. É que eu realmente gosto muito do trabalho dele.

─ Prometo a você, que essa será a última vez que eu pedirei para que toque suas músicas.

─ Você sempre diz isso.

─ Por favor Jimin. Não seja chato!

─ Eu te pago uma torta de limão na sexta-feira!

─ Negócio fechado?

─ Golpe sujo. Mas negócio fechado.