Presentes de Natal

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Para Baekhyun, o dia estava lindo. Apesar do tempo frio, o Sol brilhava um pouquinho. Dohyun ainda estava dormindo, então aproveitou para colocar uma boa xícara de café puro e olhar um pouquinho a paisagem urbana que o oitavo andar proporciona.

Era vinte e quatro de dezembro. O mundo parecia um pouco mais caótico que o normal. As pessoas corriam para lá e pra cá — compra presente, pensa na ceia, convida os familiares, faz tudo isso ao mesmo tempo enquanto trabalha. Bom, Baekhyun havia tirado sete dias de folga para dar total atenção ao filho nos últimos dias das férias dele consigo. Naquela noite, ia preparar algo, seus pais viriam, provavelmente seus irmãos e sobrinhos também, porque diziam que o apartamento de Baekhyun era sempre o mais no clima de Natal. Era só ver a árvore enorme para ter certeza.

Apesar do ambiente meio caótico, seria divertido e confortável; sempre era quando estava com sua família.

Tomou um gole de café, cruzando os braços e se encolhendo no moletom grosso e grande que vestia. Quando ouviu um rangido vindo do lado, sorriu com os lábios juntos, olhando para a pequena varanda do apartamento de Chanyeol. Ele apareceu, bocejando e bagunçando os cabelos. Vestia um pijama de calças e camisa de manga longa. Ele parecia tão inocente daquela forma. Baekhyun voltou a olhar para frente.

— Bom dia, vizinho — disse Chanyeol, olhando para a varanda do apartamento ao lado e dando um sorriso pequeno. Baekhyun segurou a xícara com mais força, voltando a olhar para Chanyeol com o mesmo sorriso de antes.

— Cadê as plantinhas? — perguntou, não querendo olhar demais para Chanyeol, ou acabaria se lembrando que, na noite anterior, masturbou-se pensando no que aconteceu dias atrás, no carro. Chanyeol soprou um riso e colocou as mãos na cintura.

— Minha mãe roubou todas, terei que comprar outras para cuidar. — Pareceu triste com o novo trabalho que teria, mas Baekhyun já havia notado que ele gostava desse tipo de trabalho. — Victor fez o favor de destruir algumas outras também. — Baekhyun inclinou um pouco a cabeça, questionando silenciosamente quem era Victor. — O filho peludo. — Como se estivesse invocando o danado, um gato preto de pelos muito longos apareceu. Chanyeol pegou-o nos braços para mostrar para Baekhyun, mas o carinha não parecia gostar muito de estar nos braços do dono. — Você tem que ser simpático com o vizinho bonitão, Victor — resmungou, fazendo Baekhyun rir. E, como se respondesse o dono, o gato miou, empurrando Chanyeol para que fosse solto de uma vez. — Acho que ele não gosta de mim. — Fez uma careta adorável aos olhos de Baekhyun, que não conseguiu controlar o sorriso estampado no rosto.

— Sinto que o Eli não gosta de nenhum humano. Ele está debaixo da minha cama, fingindo que o mundo não existe.

— Bom, pelo menos é debaixo da cama. Quando eu tô com alguém, Victor gosta de atrapalhar, sabe? Ele — começou a gesticular — literalmente entra no meio, fica olhando pra mim e me julgando. Se eu fecho a porta, ele finge que alguém está o esganando de tanto miar. — Baekhyun ergueu as sobrancelhas, umedecendo os lábios devagar. Chanyeol notou isso. Claro que notaria, afinal a boca alheia sempre atraía seu olhar.

— Agora já sei que não posso entrar no seu quarto — comentou, segurando o riso e tomando o resto do café. Chanyeol deu um sorrisinho de lado.

— Vamos só ficar no carro, então? — questionou, enquanto enfiava as mãos nos bolsos da calça do pijama, olhando para Baekhyun daquele jeito, com segundas, terceiras, infinitas intenções. O Byun mordeu o lábio antes de responder.

— As portas do meu estão abertas. Minha cama é bem gostosa — falou, como se estivesse dando uma ótima opção para o probleminha deles. — Mas seu carro também é bom, não acha? Outros cômodos da casa também, sabe... — Chanyeol riu, balançando a cabeça para os lados.

Desventuras, Vizinhos e Jingle BellsOnde histórias criam vida. Descubra agora