Capitulo um - Mergulhando fundo

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PLÁGIO É CRIME !

Exatamente há um ano, eu estava me preparando para sair de casa com meus pais, e comemorar meu aniversario de dezessete anos. Como qualquer garota da minha região, sempre tive vontade de conhecer a banda Warrios, uma das mais conhecidas em todo o mundo e esse sonho foi mais um dos que eu consegui realizar. Tudo não passava de mil maravilhas, conheci a banda inteira visitei o camarim e assisti ao show de cima do palco, eu só não esperava que tudo iria se tornar um verdadeira pesadelo. Quando voltávamos para casa, sofremos um gigantesco acidente, a única coisa que me ressalto é de ver uma luz muito intensa na frente do carro e quando por fim me dei conta, acordei com uma imensa dor de cabeça e sem sentir nenhum movimento nas pernas. Eu estava em cima dos corpos dos meus pais e a única coisa que consegui fazer foi gritar até perder a voz.

Hoje, minha tia - irmã de minha mãe -, mora comigo na mansão dos meus pais já que bem... Eles morreram e eu fiquei paraplégica. Eu sempre pensei que o dinheiro poderia trazer toda a felicidade do mundo, e ele trás! Só que tem certas coisas que nem com todo o dinheiro do mundo, você consegue trazer de volta, como seus pais mortos.

- A Srtª Lucyan irá precisar de mais alguma coisa?

- Não, muito obrigado Margath, se precisar de mais alguma coisa eu digo! – sorri, tentando parecer simpática.

A empregada já estava saindo do quarto, guando passou por minha cabeça que realmente eu precisava de mais alguma coisa. Mesmo que fosse uma das mais simples.

- Você poderia pegar meu colar que esta na cabeceira?

- Claro! – curvou a cabeça.

Enquanto terminava de pentear meu cabelo, continuei a me encarar no espelho que tem uma moldura dourada – meio medieval -, incomodada com a olheira enorme que se formava abaixo dos meus olhos, me fazendo parecer com cara de morta. Na aparência nunca fui parecida com meus pais, mais nas características sim. Minha mãe sempre foi muito manhosa – e acabou me deixando com grande saudade do charme que jogava pra cima de meu pai. Do meu pai eu herdei a determinação, caráter e um pouco do estresse que tinha, mas sempre mantendo a calma na hora certa. O desaparecimento deles em minha vida é insuportável.

- Aqui esta Srtª – pronunciou com as mãos em frente ao meu pescoço com o cordão aberto para coloca-lo.

- Eu já disse que não quero você me chamando assim, um milhão de vezes – jóquei os cabelos na frente dos ombros. – Me faz parecer velha, por favor, saia do meu quarto, e avise Hony que já estou descendo – fui incivil, mesmo não querendo ser.

Ela balançou a cabeça novamente e então saiu do quarto sem disser absolutamente nada.

Endireitei a pedra de diamante para que ficasse sobre meus seios que não eram tão grandes nem tão pequenos, e sai do quarto me deparando com o gigantesco corredor de portas e quadros que logo ao fim fica a porta do elevador. Empurrei a cadeira de rodas com um pouco de dificuldade até que por fim chequei a porta, apertei um botão e ela se abriu fazendo um bipe e entrei. Em poucos segundos já estava no primeiro andar e sai me deparando com Hony fazendo sinal para o relógio no seu pulso e entendi na hora havia me atrasado como sempre.

- Você sabe, muito bem que eu sempre me atraso. Você deveria tentar alguma vez não ser sempre pontual – gracejo -, sabe que sempre que eu digo pra você chegar um horário, deve chegar meia hora depois. – ele me deu um abraço apertado, um pouco atrapalhado pelos braços da cadeira.

- Entretanto eu cheguei meia hora depois do que você tinha mandado e deu no mesmo...

- Cheque então uma hora depois – o encarei, e ele levantou uma das sobrancelhas.

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