CAPÍTULO 5

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                             LISA

Estava tendo um dia estressante como sempre.

Como sou a filha mais velha meu pai me escolheu para assumir seus negócios.

Além de mantermos toda Seoul em ordem , também temos alguns prédios de variadas coisas espalhadas pela cidade.

Como sou a principal responsável por cuidar da cidade apenas as boates estão no meu nome. No nome da Jisoo estão as empresas , e o Jungkook por ser o mais novo cuida das lojas.

Fiquei o dia todo no meu escritório lidando com alguns inconvenientes que vinham acontecendo a algum tempo. Haviam denúncias de assaltos , assédio e até estupro.

Nós não aceitamos isso no nosso território , então de duas uma : esses criminosos não conhecem nossas regras ( oque não justifica seus crimes ) , ou estão nos desafiando. E eu vou descobrir e fazer eles pagarem o mais rápido possível.

Para falar a verdade minha familia é mais poderosa até que o prefeito da cidade. Fazemos muito mais por Seoul que ele. Não gosto de chamar de máfia , mas temos muitos aliados poderosos. Não mexemos com nada ilegal , só combatemos o crime.

Já era a noite quando fui até o meu apartamento. Eu moro na cobertura de um dos prédios mais caros de Seoul.

Cheguei em casa , tomei um banho e me arrumei antes de ir até meu carro e dirigir até a minha boate preferida. Precisava beber um pouco.

Chegando lá ela estava lotada como sempre. Me dirigi até a ala VIP , onde só ficavam pessoas importantes ou que queriam mais privacidade.

Passei o olho pelo local e avistei alguns amigos que fiz na faculdade.

Fiz faculdade de administração quando acabei a escola , e assim que me formei assumi o lugar do meu pai.

Hoje tenho 30 anos , Jisoo 26 e Jungkook 23.

Andei até eles , mas antes que chegasse ao meu destino senti alguém bater em mim e depois um líquido me molhar.

Não vou mentir , no meu dia a dia sou uma pessoa bem esquentadinha , mas hoje em especial meu dia foi horrível. Não que isso justifique ser mal educada com alguém , mais eu explodi.

- Você não olha por onde anda ? - disse encarando minha roupa.

Finalmente a olhei e perguntei :

- E agora , o que sugere que eu faça ?

A petulante teve coragem de dizer :

- Troque de roupa ?

- Você só pode estar de brincadeira. - disse elevando o tom de voz.

- Eu posso ajudar. - disse colocando a mão no bolso , tirando um lenço e me estendendo. - Isso deve servir.

Em outra situação eu riria por achar isso fofo , mas agora eu estou muito irritada para isso.

- Você acha que um lenço pode limpar o estrago que você fez ? - ela permanecia de cabeça baixa , e isso estava me irritando mais ainda. - OLHA PARA MIM !!! - gritei e a senti estremecer.

Ela me olhou e o meu mundo parou.
Toda a raiva que eu sentia a literalmente um segundo antes dela me encarar com os olhos castanhos mais lindos que eu já vi na vida , desapareceu.

Eu senti uma conexão tão grande , que eu tinha certeza que era impossível ela não ter sentido a mesma coisa.

Ela era tão linda , fofa e delicada que me dava vontade de guardá-la em um potinho e protegê-la de todo mal do mundo.

Uma boca linda , olhos e nariz pequenos e bochechas grandes e fofas que te dão vontade de apertar.

Fui tirada dos meus pensamentos pela sua voz angelical.

- Me desculpa , sinto muito , de verdade. - ela praticamente implorava e eu me senti mal por ter sido rude antes , não é essa impressão que eu quero que ela tenha de mim.

- Tudo bem. - ela me olhou espantada , provavelmente pelo meu tom de voz ter mudado tão drasticamente.

- Como ?

- Tudo bem , esses acidentes acontecem. Pode voltar ao trabalho. - disse com um sorriso de lado.

E mesmo sem entender ela respirou aliviada e pegou a bandeja e os cacos de vidros maiores que estavam do chão.

- Obrigada. - agradeceu antes de se retirar as pressas.

Não consegui segurar um sorriso. Ela é tão fofa.

Fui até o meu escritório e troquei minha roupa por uma reserva que eu sempre deixava ali.

Depois voltei para a boate e a observei pelo resto da noite e a madrugada. Vi quando ela recebeu um telefonema e ficou agitada.

Quando ela começou a andar até a saída fui logo atrás. Sabia que algo tinha acontecido e estava disposta a descobrir o que era.

Vi quando um segurança agarrou o braço dela e tentou a beijar enquanto ela se debatia.

- Solta ela !

- E se eu não quis... - ele parou de falar assim que viu quem era. Vi ele empalidecer.

- Desculpa senhora Manoban. Eu não quis... - tentou justificar mais eu o cortei.

- Ah você quis. Saia daqui antes que eu quebre sua cara. - ele saiu rapidinho.

Olhei para a moça que eu ainda não sabia o nome e fiquei com dó quando a vi toda encolhida. Ela era tão frágil.

Eu precisava cuidar dela.

- Você está bem ?

Ela me olhou e denovo senti a conexão de antes. Ficamos um tempo perdidas nos olhos uma da outra.

- Sim , obrigada. - disse respondendo minha pergunta e eu não pude deixar de sorrir pelo seu nervosismo.

Ela ficou olhando para a minha boca por um tempo , até que eu pigarriei e ela corou. Fofa.

- Sabe se tem táxi a essa hora ?

Talvez tivesse , mais eu não perderia  a chance de a oferecer uma carona.

- Acho difícil. - disse olhando as horas no meu relógio para disfarçar.

Ela pareceu preocupada.

- Quer uma carona ? - agora ela estava assustada. É claro que estaria , uma estranha a estava oferecendo carona.
 
- Não sei. - disse olhando no celular. - Tudo bem , eu aceito.

- Vamos. - vi que ela estava nervosa e rapidamente a levei para o meu carro.

Ela só me disse que me ia para o hospital e ficou quieta o caminho inteiro. Ela não quis conversar então achei melhor não puxar assunto e respeitar o espaço dela.

Quando chegamos ela saiu rapidamente do carro e entrou correndo no hospital. Eu estava logo atrás.

Ela entrou no quarto e eu fiquei no corredor. Escutei quando uma menininha a chamou de mamãe. Me preocupei , será que ela é casada ? Mais não vi aliança. Mãe solteira ?

" Não por muito tempo. " - pensei.

Um tempo depois ela saiu do quarto e ficou surpresa por me ver ali ainda.

- Ela está bem ? - Perguntei me referindo a sua filha.

- Sim. Obrigada por tudo que fez , não sei como te agradecer. - disse e vi sinceridade nos seus olhos.

- Não precisa agradecer. Aliás , meu nome é Lisa. - estendi a mão.

- Jennie. - disse retribuindo meu gesto.

Jennie. O nome combina com ela.

Depois de algum tempo conversando ela me convenceu a ir embora.

(...)

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I Saw The Love In Your Eyes - Jenlisa - G¡P Onde histórias criam vida. Descubra agora