ꜱᴛᴀʏ ᴡɪᴛʜ ᴍᴇ// Drarry

Único

Draco Malfoy

Morto nos braços volumosos de Rúbeo Hagrid.

Era difícil....
Segurar as lágrimas ao ver mais um pouco à frente, Harry Potter sem vida.

Hagrid andava junto dos comensais em passos lentos , era possível ver a profunda tristeza estampada na face do meio gigante.

Abaixo minha cabeça tentando não transparecer as lágrimas salgadas que caiam quentes em minhas bochechas.

Ele era o único. O único que eu queria que não morresse, eu poderia cair diversas vezes , mas se no final pudesse ver aqueles olhos profundos verdes me encarando em vitória, tudo estaria bem . Eu aceitaria tudo! Aceitaria ser derrotado , ser torturado por Lucius,morto por Voldemort. Estaria tudo bem se no final sempre visse Harry bem e comemorando sua vitória.

Eu era apenas um garoto sujo, que tinha seguido os passos do pai e virado um comensal da morte, ido para o lado do pior bruxo das trevas já visto. Eu era apenas um repugnante Malfoy.

O que mais me chateava era que quando descobriram que eu havia virado um comensal não se fizeram surpresos, para eles era muito certo que eu tomaria o lado mau da guerra e que faria de tudo para que Harry caísse e Voldemort reinasse.

Se eles pudessem saber o mínimo que se passava dentro de mim...

Só uma pessoa sabia de todos os meus sentimentos, sabia que eu era bom , sabia que eu tentava diversas vezes me desvencilhar da família Malfoy. Pois ele sabia de tudo.

Jamais fui capaz de matar aquele que foi um mestre para mim, o único que Voldemort tinha um certo temor.

Alvo Dumbledore sempre soube de tudo que se passava nas redondezas de Hogwarts, e talvez tudo o que se passava no mundo bruxo.

Quando descobriu sobre meus sentimentos em relação à tudo em minha volta , não tive outra opção a não ser contar todos os planos que tinha para me virar contra Lucius e ir para o lado de Harry na batalha. Ele me apoiou e me deu conselhos de como fazer tudo ficar mais fácil.

Porém algo fora dos meus planos me ocorreu.
Claro que não poderia ser tão fácil assim!

Eu precisava de tempo , muito tempo para executar tudo com maestria . E se tudo desse certo eu conseguiria ir para o lado de Hogwarts na batalha final .

Mas o tempo que tinha foi quebrado quando me foi dada a missão de matar o meu único mentor.

Naquela noite fria na torre de astronomia, eu apontava minha varinha em direção à Dumbledore, eu tinha que matá-lo... se não me matariam.

Minha tia me encorajava com aquelas palavras que se infiltravam na minha cabeça como sussurros sombrios que rastejavam pelo meu corpo toda vez que via o Lorde das Trevas e seus seguidores.

E mesmo assim , não tive a coragem suficiente para fazer. Só bastou essa pequena retração. A confiança que todos do lado das trevas tinham em mim havia desaparecido. E agora estava tudo perdido.

E agora ali, com Harry Potter morto bem na minha frente, com o sorriso sujo de Voldemort. Eu via que todos estavam perdendo as esperanças.