Capítulo 4

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O dia começou com todos os noticiários falando da reaparição de meu pai, não fazia muito tempo que tinha acordado e já não aguentava mais ver a cara de Minato em todas telas que pousava os olhos.

Desci até a cozinha e senti o cheiro nostálgico dos preparos de manhã que corriam soltos pela casa e me incentivavam a sair da cama.

-até que enfim, achei que tinha morrido lá em cima.- resmunguei as típicas coisas que nem eu entendia durante as manhãs onde eu parecia estar abduzido, abracei sua cintura enquanto ele cozinhava.

-ei, vamos nos queimar desse jeito.- disse risonho, contrariando, eu o apertei mais ainda - como você se sente?- desligou o fogo e deu um jeito de se virar de frente pra mim, me dando um beijo na testa.

-muito melhor agora.- ele revirou os olhos mesmo que tivesse gostado da brincadeira.

-você tem que comer mais, não vai adiantar de nada os meus feromônios se você estiver com fome e doente.- larguei ele o acompanhando até a mesa.

-está bem, está bem..- murmurei segurando a risada. O modo Mãe Sasuke estava ativado, era um porre, mas não diria isso à ele. Era capaz de me deixar de castigo.

-ah, tá dando risada. Sinal que já melhorou, então!- me deu uma colherada na cabeça e eu virei para encarar ele com indignação.

Qual

Era

A

Lógica

Disso?

Doente ou não eu continuo com dentes. Não entendo o Sasuke, e as vezes é melhor continuar sem entender...

-Sasu, você vai comigo na festa do meu pai?- inquiri com olhos de cachorrinho, queria muito que ele fosse! Tinha em mente que ele é um tipo muito antissocial, entretanto, não mudaria a ideia de arrasta-lo junto comigo. Ele franziu a testa, segundo o rosto com a mão enquanto a outra livre mexia uma colherzinha na xícara de café.

-ele vai dar uma festa?- deu um sorvo no café, sem desviar os olhos de mim. Assenti, aproveitando cada coisa que ele tinha posto em cima da mesa. Estava com uma fome e tanto, sentia que podia levar à falência um restaurante inteiro.

-vou pensar...- odiava quando me dava essas respostas abstratas, quando eu tinha que interpretar por mim. Fiz beicinho debruçando na mesa.

-Sasuuuuukeeee!- ele sorriu de canto.

-está bem, eu vou.- sorri - Mas com uma condição - meu sorriso desapareceu como uma face de mil caras.

-o que é?- perguntei emburrado e com a boca cheia.

-fique longe daquele alfa!- disse bravo, levei um tempo para entender. Izuna. Queria fazer um buraco no chão e enfiar a cabeça dentro, tinha esquecido completamente disso! Tobirama ia me matar quando pisasse o pé na festa.

-olha, eu não quer- me interrompeu.

-não precisa falar nada!- falou com um tic na sobrancelha esquerda, e assim preferi ficar quietinho.

-falando em alfa.- ele bufou - estou preocupado com o Menma.-

-ele não deve ter ido muito longe. Do jeito que é apegado em você não vai demorar muito pra voltar.- se obrigou a dizer mal humorado, concordei enquanto lhe cutucava. Era tão bom voltar a encher o saco de Sasuke! Quando estava com meu pai a situação era totalmente contrária, não tinha um minuto de paz.

Meu ômega de olhos vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora