«Chapter 26»

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sᴇᴜʟɢɪ:

Números pares sempre me deram satisfação e sorte, por isso sempre foquei neles e os amei, passei a achar que qualquer sinal em ímpar fosse me trazer azar e por isso os evitava... até meu nome tem a quantidade par de letras porquê eu deveria achar que o ímpar fosse me surpreender de forma boa? O que nunca imaginei era que em um ano par eu fosse clamar para que um ímpar chegasse logo e isso estava acontecendo comigo justamente agora em 2022 um ano par.

Conseguia sentir meu azar crescendo e se fortalecendo, tinha medo de um piano acabar caindo em minha cabeça durante algum trajeto, me sentia sortuda em acordar viva e me surpreendia caso meu dia  fosse bom. Tudo começou quando Janeiro deu alas e de repente pessoas apenas em Seoul começaram a aparecer mortas, investigadores visitaram cada vítima e concluíram que nenhum caso foi de suicídio, a polícia nunca conseguiu pegar o tal do assassino que rondava por Seoul, não tínhamos nem noção de como ele era e nenhuma pista do próximo lugar que ele estaria para que conseguissem alcança-lo apenas uma marca... uma marca que estava na parede de todas as vítimas indicando que ele esteve ali. Essa marca sempre foi feita com os sangues das vítimas e a polícia não sabia qual era o sentido do desenho de um rosto de coelho.

O que eu não esperava era que todos esses acontecimentos viessem justamente em minha direção e que eu fosse pensar na minha própria morte só para me livrar de tudo isso, estava casada em meio a uma rua sem saída pedido por socorro mesmo sabendo que não me escutariam e tendo apenas duas opções: ser morta por minhas próprias mãos ou ser mais uma vítima daquele assassino. Mas sabe eu decidi ignorar essas duas opções e criar minha própria saída...

Eu iria me vingar dele.
    
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ᴀᴘʀɪʟ 14ᵗʰ, ᴛʜᴜʀsᴅᴀʏ, 2 ᴀᴍ
ᴄʜᴇᴏɴɢᴅᴀᴍ-ᴅᴏɴɢ, ɢᴀɴɢɴᴀᴍ-ɢᴜ
sᴇᴏᴜʟ, sᴏᴜᴛʜ ᴋᴏʀᴇᴀ
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Fechei a porta com cuidado, meu apartamento só não se encontrava em puro breu por conta das janelas - enormes que iam até o teto - que haviam na sala, por não haver cortina as luzes que viam do lado de fora iluminavam boa parte da sala. Retirei meus saltos e os deixem ali próximo da porta calçando em seguida minhas sandálias de algodão.

O silêncio era presente o que indicava que Seungwan estava dormindo, caminhei pelo pequeno corredor com cuidado e entrei em meu quarto o trancando, na parede em que minha escrivaninha estava encostada tinha um mural com as fotos do assassino - aquelas fotos que peguei na delegacia no mês passado - no mural também havia alguns post-its amarelos com anotações, eu estava quase pronta para alcançar Killer.

Durante todo esse pouco tempo eu fazia de tudo para manter Son longe do meu quarto, longe das minhas ideias... produzi uma máscara de coelho preta com minhas próprias mãos, mas é claro com ajuda da internet pois nunca havia feito uma máscara antes, eu estava literalmente quase pronta para fazer meu plano se tornar realidade mas por outro lado eu tinha medo. Ninguém sabia do meu plano e nem podiam.

Me sento na cadeira da minha escrivaninha e pego a máscara que se encontrava ao lado do meu notebook, abro o pote de tinta e pego um pincel mergulhando a ponta do mesmo na tinta preta e passei pela máscara com cuidado para reforçar a pintura já feita antes.

- Saiba Bunny que tudo tem um fim e o seu vai chegar logo logo - suspiro dando um sorriso.

- Primeiro... eu só preciso chegar no seu nível.

Em minha visão não parece difícil chegar ao nível do Bunny, só precisa de coragem mas isso eu já estava criando aos poucos, havia me dedicado também para fazer pesquisas sobre algo que seria muito importante para mim.

Só sei que... uma nova Seulgi está prestes a nascer.

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ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ:                    
                      
                   [ 8:00 ᴀᴍ ]

Escuto passos ecoarem pelo corredor, meus olhos para na porta e então observo a mesma ser aberta com calma revelando Kim Taehyung que girava as chaves do carro nos dedos como mania. Seus olhos visualizavam de forma rápida a tela de seu Galaxy caríssimo, logo parou de girar sua chave e começou a digitar com rapidez dando para escutar o som de seus dedos tocando a tela.

Desviei meu olhar do rapaz e olhei para frente focando meus olhos no quadro de moldura chique que tinha em sua parede.

- Ah... oh, Jeon! - logo os passos se aproximam me fazendo voltar a olhá-lo.

Kim agora ia até sua cadeira à minha frente e se senta me olhando.

Ponho a mão esquerda no bolso do meu blazer retirado alguns polaroids dali e colocando sobre a mesa.

- Da vítima de ontem - digo vendo Taehyung sorrir.

- Como foi?

- Como sempre, gritos de agonias, pedidos de misericórdia e... Deus enviando a escadinha brilhante para ela.

Taehyung ri.

- Por que falou que não poderia ficar muito tempo falando comigo e por isso eu precisava vir cedo? - perguntei

- Ah... eu tenho que sair.

- Sair? Para onde?

- Irei à KSG - ele respondeu arrumando sua gravata.

Meus olhos levemente fraziram e então cruzei os braços

- Virou amiguinho da Seulgi agora?

Taehyung me olhou com duvida e logo riu.

- Não...

- Não... - o imito - Desde o início do mês vocês andam de papinho e não estão amigos?

Me levanto e coloco minhas mãos sobre a mesa aproximando meu rosto de Taehyung

- Se estiver com duvidas em relação a Seulgi, eu posso acabar com isso mais de pressa

- Não Jeon, só quero que mantenha o plano dela achar que Bae está morta, já que agora tudo se complicou pois aquela vadia voltou para Seoul.

As palavras de Taehyung fez com que eu sentisse algo diferente... vontade de socá-lo. Não sabia o motivo mas sempre que ouvia o nome de Joo sair da boca de Kim uma raiva tomava conta de mim, eu não deviria me afetar por conta de uma garota que é especial para Kang.

Fecho minha mão com força e mordo a pele da minha bochecha.

- Não se preocupe Taehyung... Joohyun não irá te atrapalha.

- Eu sei que não vai - ele sorri.

KILLER | JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora