um panapaná de ansiedade por você.

this love calling my name, get out of my veins!

Eu poderia não estender isso mais. Mas como bem já concluímos, eu sou fraca.

Deus, e como sou...

E eu já te citei essa música antes, meu bem, mas simplesmente não consigo entender, então tenderei a repetição aqui perguntando: como você se alojou tão confortavel e rapidamente em meu coração? Como você entrou, sem chaves, sem empecilhos, sem que eu sequer percebesse? Quando vi, lá estava você.

E seu amor me chama. Sem parar.

Sunshine. Sunshine. Sunshine.

Eu não tenho mais pelo o que ceder, parece que tudo teve seu fim. Mas ainda dói.

Dói bastante tudo isso.

Por favor, saia gentilmente. Não faça doer mais. Já jogaram sal demais em minhas feridas e eu não suportaria isso vindo de você.

Por favor, fique mesmo assim. Apesar de querer tudo com você, me contento com o que você tem para me dar, seja em amizade, seja como for.

Há preciosidades na vida que não devemos perder por questões que são apenas nossas e que podem ser resolvidas.

Sim, podem.

Não é?

Eu vou te superar. Eu vou. — repito como um mantra várias vezes até, quem sabe, acreditar e se concretizar.

Será?

Eu costumava acreditar que tudo é possível, sendo que nada comprova a impossibilidade das coisas.

Não há como ter certezas. Nenhuma que seja.

Então só me resta a fé. Esse sentimento tão ingênuo, tão automanipulador, tão ilusório...

Eu tenho fé que vou te tirar de mim. Por Deus, eu preciso crer!

Mesmo que no fundo do meu ser o que eu realmente queria era me apaixonar mais e mais a cada dia, não posso. Não é para ser e eu fico me esquecendo disso, muito cega por minha paixão.

E eu queria poder te culpar, gritar, espernear.

"Saia logo das minhas veias, porra! Vá embora daqui de dentro!"

Queria.

Talvez eu fosse mais humana se fizesse isso. Mas não seria eu. E não que eu não seja humana, imperfeita, impura, imoral.

Eu sou.

Eu só sei enxergar além dos meus sentimentos às vezes. E o exterior me diz que você está melhor sem mim. Que é o certo. Que devo me contentar e então seguir em frente.

Meus instintos não são perfeitos, eles obviamente também cometem muitíssimos erros. É claro.

Mas se eu não confiar neles, o que será de mim?

O que fazer com toda essa esperança? O que fazer com tanto sentimento por você?

Onde eu guardo? Não há mais espaço aqui para tamanha crueldade.

Você ainda estará aqui. É claro. É você. Jamais te veria com os olhos puros amigos. Pois eles não foram assim desde o início.

Não quero te arrancar do peito, quero arrancar de mim o que você causa.

A taquicardia, a ansiedade, o frio na barriga; ah, sim, como não falar do panapaná que você fez habitar em mim por você?

Cada vez penso mais que essas linhas aqui não fazem sentido algum e talvez nem ao menos sejam necessárias.

Não para qualquer um além de mim.

E é por isso que persisto nelas. Porque por mais indiferente que possam ser às minhas palavras, eu não posso mais ser sádica dessa forma comigo mesma.

Eu só quero ser livre, meu bem.

Tão livre quanto desejo pra você.