Fragmentada

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Teu toque sujo em minha pele se impregnou
Tua voz... Só a memória... É o despoletar da besta em mim
Que dessa força de que te serviste em minha destruição culminou
As vozes chamam e imploram por teu fim

Como vidro, a minha alma partiste
Fragmentos de mim são o que resta nesta paranóia
Alucinações são as feridas abertas da dor que subsiste
Cicatrizes são os desenhos que em minha pele causam a insónia

Arranca-me o coração agora
Que neste corpo, duas almas se contorcem
Como parasitas jazem na morte tentadora
Lutam e estrebucham, sangram... Só não perecem

Sangue jaz por meu corpo...
Não me lembro do que o provocou
Teu corpo cai inerte em meus braços... Pálido...
Foi fúria de vingança  que me cegou?

Não sei... Tudo o que resta são as vozes... E teu toque: que minha alma assassinou...

O Renascimento da FénixOnde histórias criam vida. Descubra agora