Caos

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Teus olhos fixavam-me
Entre as chamas revoltas de tua dor
“Não esqueças o meu nome”
Gritaste com todo o teu furor

Senti o teu toque na minha pele
Arrepios de uma agonia já sem vida
A tua sombra nesta minha projeção
Fixo-me, ávida, consciente da partida

Foste-te sem um adeus
Anjos sussurraram a tua chegada
Que em meu coração já sentia Deus
Essas tuas asas foram a marca apagada

Que te perdoe pelos teus pecados
Não há Santos, só há ratos
Não há verdade, só enganos
Foi esta a tua criação de prantos

Olha-me nos olhos e assiste
Ao teu maior erro que persiste
Não sou anjo, não sou demónio
Sou o nada, sacramento de teu matrimónio

O Renascimento da FénixOnde histórias criam vida. Descubra agora