Three

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Os meus pés param de frente para a loja. A loja que eu prometi visitar. Respiro fundo, como se algo dentro de mim, me avisasse que a partir do momento em que eu entrar, eu não irei conseguir sair mais, não no sentido de ficar presa ali dentro, mas sim no sentido de ficar presa a algo. Quando estico a mão para abrir a porta, ela se abre.

- Anne. - George aparece e ele sorri assim como eu. - O que faz aqui?

- Vinha visitar a loja, como lhe prometi. - mantenho as minhas mãos juntas, ao longo do meu corpo.

- Vai ter sorte pois, hoje estamos fechados.

- Ah, então eu volto outro dia. - viro lentamente o corpo, quando a sua mão entra em contato com a minha, e eu o encaro.

- Não Anne. Eu faço uma visita. - ele volta a sorrir e eu faço o mesmo, e ele lentamente me puxa para dentro. Olho as paredes, todas elas compostas por várias prateleiras, cheias de produtos.

- O que você vende aqui? - falo enqusnto olho para todo o lado.

- Basicamente, produtos para partidas. - ele ri e eu solto um riso baixo. - Mas também temos de tudo um pouco. Mas na sua maioria, é mesmo algo para alegrar outras pessoas.

Eu aceno com a cabeça enquanto continuo a olhar tudo em minha volta. Ele me apresenta cada recanto, e sobe uma escadaria, que nos leva até uma espécie de armazém.

- Aqui é onde guardamos os materiais que chegam. - Olho as caixas ainda por abrir e algumas já meio vazias.

- Pelo que estou vendo, tem bastante trabalho.

- E ainda bem. - George fala e sorri um pouco.

- Claro, não falei em tom de critica nem nada disso.

- Eu sei Anne. - ele toca a minha mão que está a tocar um dos quadros na parede e eu desvio o meu olhar para ele.

- Era seu irmão? - falo rapidamente e retiro a mão lentamente. - Ontem, lá nos três vassouras?

- Sim, o meu irmão gémeo.

- Sim, eu percebi isso. - respiro fundo. - E pelos vistos, ele também me confundiu.

- É, é como eu lhe expliquei ontem.

- Só o achei com bastante entusiasmo. - abano a cabeça. - Mas deve ter sido só impressão minha.

George faz um estalido com os lábios e eu volto a olhar para ele. O ambiente fica tenso e quase que é possível agarrar essa tensão. Eu só não sei o porquê.

- Bem, eu acho que vou indo. - humedeço lentamente os lábios. - Não quero ocupar mais o seu tempo.

- Você não está a ocupar tempo nenhum Anne, realmente.

Abro um pequeno sorriso e George estica a sua mão e eu o olho, mas estico a minha também e agarro a dele. Ele sai da zona do armazém, e vai descendo as escadas comigo atrás. Quando chegamos à parte de baixo da loja, ele larga a minha mão e agarra a varinha por debaixo das suas vestes. Ele a ergue e uma música começa a soar pelo ambiente. A mesma melodia de ontem.

- George?

Ele guarda a varinha e volta a agarrar a minha mão, e aproxima os nossos corpos. Em alguns segundos, nós estamos novamente envolvidos na melodia, no som, nos passos da dança. A minha cabeça volta a se encaixar no seu peito, e sinto a sua outra mão, que antes estava na minha cintura, subir até as minhas costas, se aninhando.

- George. - sussurro bem baixo.

- Anne. - ele mexe a mão, e puxa o meu rosto para I encarar. - Eu volto a dizer que isto foi o destino.

E sem que eu possa dizer nada mais, os seus lábios tocam os meus, como se duas peças de puzzle se tratasse.

- George?

Uma voz masculina ecoa.

Mr. Loverman - 2a Temporada / Fred Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora