Capítulo Único

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Fanfic escrita por: Diogo Amaral & Matheus Rodrigues
Revisada por: Gabriel e Thiago

Vamos ver, por onde começo? Meu nome é Justin Stewart, tenho uns 29 anos e bem, eu já fui um herói. Por incrível que pareça, foi quando eu era garoto, a idade que todos sonham em ser heróis e fantasiar sobre o bem, o bem que tanto lutei pra defender. Sim, eu fui um Power Ranger, dá pra acreditar? Parece só uma memória estranha de uma criança que sonhava em ser herói, e hoje a impressão que todos tem de mim é que sou uma criança que nunca cresci, esquisito, né? Foi me colocado uma responsabilidade de adulto quando eu era uma criança, e hoje eu não sei o que sou, eu só sei o que acabei deixando de ser, eu talvez não possa ser mais um Power Ranger, eu talvez não mereça a confiança do meu velho grupo e de Zordon, eu me desviei do meu caminho. Espero que Zordon me perdoe por ter fracassado com os Rangers e com meu pai, eu me sinto culpado por isso, como posso lutar para proteger as pessoas se não consegui nem proteger meu próprio pai? Me desculpem, pessoal, por tudo.

Já se passaram vários anos desde a tão conhecida "batalha lendária", onde pela primeira vez em mais de 20 anos eu lutei como um Ranger, e bem, eu não me sinto como um herói, me sinto como apenas um cara normal morando na Alameda dos Anjos, sozinho, com um peso gigante nas costas. E se eu tivesse ido para casa mais cedo? E se eu nunca tivesse dado ouvidos para aquele cara que me deu a "bomba"? E se eu não tivesse entrado numa de maluco e tivesse perdido meu Detonador da Tempestade? Eu não sei o que pensar, eu só não estou bem.

Bom, pelo menos não perdi o meu emprego ainda, as pessoas são legais, mas acho que elas falam mal de mim pelas costas. Tem uma pessoa que eu gosto de conversar, seu nome é Leila Rawlings, ela é filha de um cara chamado Joel, ele costumava trabalhar para a Lightspeed, ela é tão linda. Ela me faz sentir bem e me passa uma segurança que nunca senti antes em toda a minha vida. Irônico, eu sou um cara grande e forte, mas me sinto muito exposto e ela, sendo pequena, consegue me proteger com seu coração puro e gentil.

A rotina é realmente desgastante e entediante, mas tem coisas que me fazem querer continuar. Eu disputo campeonatos amadores de lutas, modéstia à parte sou muito bom, já disputei várias modalidades e ainda treino bastante. Eu descontei muito treino no esporte, ao qual me aperfeiçoei de forma a nunca perder uma luta basicamente. Assim, eu nunca sofri uma derrota no karatê, nem no boxe. De qualquer forma, às vezes parece que vencer sempre não me fez bem.

- Fala ai Justin! Bora tomar umas depois do Trampo? - Ah, tem esse cara, Mike é aquele amigo que você tem e simplesmente não sabe como você o conheceu, mas ele tá sempre lá. Ele gosta muito de mim, não entendo o porquê.
- Não rola, Mike, tenho que treinar, vou lutar semana que vem, você sabe que eu não curto essas coisas.

Ele é um cara legal, mas não sabe o quanto incomoda às vezes. Eu gostaria de ser um pouco mais sincero, mas as pessoas não acreditariam num garoto que foi um Power Ranger. É estranho e chega a ser absurdo, hoje não tenho mais contato com nenhum dos velhos colegas. Tommy deve estar por aí, a última vez que soube dele, era professor na Costa dos Arrecifes. Professor, sério, Tommy? Nunca pensei que Paleontologia fosse a sua cara. Adam, Kat, Tanya e Rocky, sumiram mesmo, não sei nada do que rolou com eles. Mesmo depois que nos encontramos no fatídico dia, foi estranho, eles pareciam não ser mais eles mesmos, não tinha muito tempo ali pra conversar.

Fim de mais um dia, eu estava me preparando para dormir, quando eu escuto um barulho muito conhecido, um ronco de motor? Impossível, provavelmente algum cara que está ligando o carro. Pelo que eu vi era uma lataria reconhecível, uma tinta azul, meio desgastada, faróis piscando alto, eu não podia acreditar. - Detonador de Tempestade? Você voltou? O que aconteceu? – Eu ouvi roncos, Detonador de Tempestades estava dizendo que me perdoava. - Me perdoar? Como você pode me perdoar? Eu não consegui nem salvar meu pai, perdi você em um jogo idiota, como alguém como você conseguiria me perdoar? – Tudo indicava que ele realmente me perdoava, era algo estranho, depois de tudo o que aconteceu. - Você confia em mim? Acredita que eu posso melhorar? Mas nem eu consigo acreditar em mim mesmo. Eu... Me sinto perdido. - O que você quer dizer com isso? - Detonador de Tempestades se virou, parecia estar apontando para algum lugar, após isso, ele me disse que tinham pessoas em perigo. - Você quer que eu volte para a ação? Mas por que eu? Existem opções muito melhores, não faz sentido você querer minha ajuda. – Detonador ronca. - Você realmente quer recuperar minha confiança, não é? Tudo bem, eu não vou negar um pedido a um velho amigo. Subi no Carro, me senti completamente nostálgico, era hora da ação. – Morfar em Turbo!

The Last TurbozordOnde histórias criam vida. Descubra agora