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O Inferno Vivo (5)

A pintura era muito retrô e bem preservada. Parecia que o velho o olhava e o acariciava com frequência. O rolo era liso e oleoso, sem as rebarbas do papel. Xie Chi o abriu e viu uma criatura feia, mas fofa, desenhada nele.

A criatura era extremamente baixa, com uma boca plana e pontuda. Tinha um corpo verde esmeralda semelhante a uma rã, braços extremamente longos, um forte arco nas costas e uma carapaça de tartaruga nas costas. O topo de sua cabeça estava afundado sob um prato que poderia armazenar água. Na pintura havia uma cena de chuva. A criatura verde se escondeu sob a liderança de um lótus e esperou que a chuva rolasse a folha para o prato em sua cabeça. Ele ria de uma maneira engraçada e os cantos da boca estavam esticados em direção às orelhas.

A caligrafia no canto direito inferior da pintura estava distorcida e vagamente visível. Dizia 'kappa'.

Xie Chi conhecia essa criatura. Esta criatura era da mitologia japonesa. Tinha água de excelente qualidade, gentileza, proximidade com os humanos e ingenuidade. Xie Chi descobriu os hábitos desta lendária criatura de suas memórias e começou a se lembrar do que o velho disse anteriormente. O velho mencionou acidentalmente o kappa enquanto falava sobre o sistema de piso aleatório do inferno.

Xie Chi abaixou a cabeça pensativamente. Algo brilhou em sua mente. O que o velho queria falar era sobre o nascimento do kappa. Diz a lenda que os kappa eram criaturas que podiam decidir se nasceriam ou não.

No país do kappa, quando a mãe kappa estava para dar à luz, o pai kappa convidava o médico kappa. A kappa não tinha pressa em dar à luz. Ele primeiro encostou na barriga da mãe kappa e perguntou ao pequeno kappa na barriga se eles estavam dispostos a nascer em tal família.

O médico perguntaria se os pais eram competentes e se a criança estava satisfeita. Se o bebê kappa não quisesse nascer em tal família e não quisesse vir ao mundo, o médico desconsideraria os pais e induziria o kappa ao trabalho de parto prematuro para que o bebê kappa pudesse reencarnar.

O sistema de nascimento do kappa era o oposto do inferno. A camada em que o prisioneiro caiu era completamente aleatória e a camada em que ele reaparecia após 15 dias era aleatória. O kappa podia decidir sua origem, mas os prisioneiros não.

Xie Chi estava um pouco curioso sobre a história da pintura. Ele olhou o caderno que o velho tinha escondido no bolso.

O caderno era pequeno. Era tão comprido quanto o dedo indicador, tão largo quanto o polegar e era fofo em todos os lados. O velho deveria ter obtido papel, cortado no tamanho da palma da mão, perfurado um a um e amarrado os pedacinhos de papel com linha.

Foi um trabalho muito delicado e chato, mas o que não faltou no inferno foi o tempo.

Xie Chi olhou para o papel e algo brilhou em seus olhos. Este era um diário. O velho tinha o hábito de manter um diário todos os dias. Devido à pequena área do papel, as palavras no papel eram tão pequenas que Xie Chi teve que se esforçar para reconhecê-las.

Ele olhou página por página. 10 minutos depois, ele encontrou um registro da pintura kappa.

"Eu matei meu colega de cela hoje e encontrei essa coisa nele. Ele disse que o encontrou na neve em uma certa camada dos oito infernos frios. Eu acho irônico compará-lo com a colocação de camada aleatória, mas não sei como usá-lo. Vou apenas guardá-lo primeiro. "

Xie Chi enrolou a pintura pensativamente. Essa coisa foi encontrada no inferno e foi um pouco como ... uma oportunidade.

Xie Chi franziu a testa. O inferno era ilimitado e custou muito esforço encontrar essa coisa. Não deve ser inútil. Ele olhou novamente para a data sob a anotação do diário do homem: 20 de janeiro. A última página do diário era 23 de março. Dois meses se passaram e o velho ainda não havia descoberto a utilidade dessa coisa.