-Mais o que será que deu nela pra virar as costas assim do nada? Tipo, se foi pelo Troy, quem fez a merda foi ela- pergunto confusa pra Nique.
A gente tá conversando sobre a Daniele. Eu tô deitada na cama da Nique encarando o teto e ela tá sentada na frente do espelho passando prancha no cabelo.
-Convenhamos que de nós três, ela sempre foi a mais nhé. Se algum dia ela decidir embora de casa eu não vou nem ficar surpresa.
-Pra ser honesta? eu sinto muito falta da nosso trio de um ano atrás, sempre fazendo planos juntas, realizando planos juntas, tipo esse de morar junto. Pra do nada, uma de nós se afastar. Não dá pra entender.
-A frase "Pessoas vem e vão, mais nunca vêm em vão" nunca fez tanto sentido pra mim.- diz Nique e eu a encaro
-Essa frase parece aquelas de bom dia em foto que minha mãe me manda- digo séria, mais logo caímos na risada.
Volto a encarar o teto e fico em silêncio por uns minutos, mais logo o quebrando.
-Você acha que ela volta?- pergunto receosa da resposta.
-Sinceramente?- pergunta e nós duas nos encaramos. Me sento na cama encostando na cabeceira e cruzando as pernas.- Eu acho que não, e vai ser difícil aceitar que a gente perdeu ela. Lembra da nossa frase de sempre? "nós três pra sempre"- diz fazendo movimentos com as mãos- Nunca me avisaram que a palavra "pra sempre", um dia tinha fim.- diz e eu sinto um aperto no peito.
-Acho que vai ser a pior fase da nossa amizade- digo e solto um suspiro.
Logo o silêncio se estabelece de novo. Mais logo >de novo< é quebrado, porém não por mim e sim por três brutamontes abrindo a porta do quarto brutalmente.
-AI CARALHO- grita Nique colocando a mão no pescoço. Provavelmente se queimou.
Encaro os três confusa.
-Qual é o problema de vocês? Por que não só abriram a porta como pessoas normais?
-Não somos pessoas normais- diz kio se senta do no sofá que tinha ali no quarto.
-Eu falei que a gente ia vir- diz Vinnie vindo até mim e me dando um selinho- Agora senhorita Luisa, precisamos conversar- diz se deitando na minha perna.
-Não precisamos não- digo empurrando sua cabeça. Mais é em vão.
-Você tava brincando na parte de greve né?- diz dando um sorrisinho fofo, e eu nego, logo vendo o sorrisinho desaparecer.- Qual é Luisa- diz se senta do na cama ficando de frente pra mim.
-Se fudeo- diz Troy rindo e Vinnie o olha com um olhar mortal.
-Se não se incomodam, vamos conversar em particular e provavelmente não voltaremos- diz me puxando- Boa noite- diz e bate a porta do quarto.
-Você tá bem abusado né- digo entrando no meu quarto e o vendo fechar a porta.
-Agora falando sério- diz ignorando minha fala e indo até a cama. Ele me olha com uma cara "triste" e eu já entendo o que ele quis dizer.
-Não eu não estava brincando quando eu disse da greve, e não vai acontecer nada hoje.- Digo indo até o closet e sendo seguida por ele.
-Para de ser difícil mulher- diz colocando as mãos na cintura e me encarando.
Ignoro ele e pego uma roupa confortável pra dormir.
-Luisa não me ignora- diz sério e eu continuo o ignorando.
Troco de roupa ali mesmo e jogo a que eu tava num canto. Saio do closet passando pelo loiro e de novo, sendo seguida.
-Eu comprei um vestido pro baile- digo ignorando o assunto e me deitando na cama.
-Eu odeio quando você faz isso- diz me olhando indignado.- Eu vou dormir na sala- diz indo até a porta e eu dou de ombros.
Ele sai do quarto e faz questão de bater a porta. Vamos ver quanto tempo isso dura. Peguei meu celular e está marcando 00:53. Entro nas mensagens e respondo algumas mensagens da minha mãe e de alguns amigos.
Do nada a porta é aberta por alguém. Era o Vinnie e ele estava sem camisa. E eles estava sério, de cara fechada.
-Não fala nada- diz fechando a porta e vindo até a cama.
Ele tira o chinelo e se deita na cama virado de costa pra mim.
Pego meu celular e vejo que são 00:57.
-Seu drama durou 4 minutos. Da última vez foi 8- digo rindo.
-Eu disse pra você não falar nada- diz sério ainda virado de costa pra mim.- Não dirija a palavra pra mim mais- diz e da uma pausa- Hoje- completa o loiro, e em nenhum momento vira pra me encarar.
-Tá bom- digo ainda rindo. Desligo meu celular e coloco ele na mesinha ao lado da minha cama.
Me arrumo na cama me virando de frente pro Vinnie. Não sei se ele dormiu ou não, mais também não vou perguntar. Esse é o típico Vincent dramático.
Logo, começo a me sentir mais leve, meus olhos pesam cada vez mais.
Sinto dois braços rodearem minha cintura. Vinnie levanta meu braço e se deita colocando a cabeça na curvatura do meu pescoço, e colocando minha mão em seus cabelos e eu começo a acariciar o mesmo.
Eu já tô acostumada com isso. Ele sempre faz esse show todo, pra no final sempre se render.
-Eu odeio te amar- diz contra meu pescoço e eu murmuro um "uhum", logo pegando no sono.
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•Bom dia, boa tarde ou boa noite <3
•Me desculpem por não ter postado esse ontem, eu esqueci e acabei dormindo.
