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...Com Ravn...
Ele sentia estar mais perto, tanta certeza o faria enlouquecer se fosse invenção de sua mente, Ravn acreditava dois bilhões porcento que aquela voz era de Hwan Ung. O que o fazia pensar assim? Talvez por que ele notou que realmente a única coisa que ele ouvia no momento era a voz do garoto, tudo ao seu redor havia perdido seus sons; também lembrou-se de quando Hwanwoong havia dito ter o escutado de longe mesmo que não fosse possível por causa de sua distância, em todos os dois casos mesmo sentindo a solidão os estapeando gritavam com suas almas esperando que alguém viesse os salvar.
ㅡ Por fav-urgh! ㅡ Ao ouvir o pedido inacabado o corvo aumentou sua velocidade desviando de todos as construções possíveis, mas ele parecia ir tão rápido que provavelmente se batesse em uma parede a quebraria e continuaria a voar sem dificuldades ㅡ Alguém por favor... É assim que tem de ser?... Eu não quero que seja assim, Ravn... Foi assim que você se sentiu? Desculpa ㅡ O corvo ouvia tudo atentamente voando acima dos prédios onde haviam menos obstáculos ㅡ Uma semana antes da sua partida haviam me dado a chance de eu te adotar mas minha mãe não deixou, eu poderia fazer ela mudar de idéia facilmente mas eu tive medo, e se eu não cuidasse ou alimentasse você direito? Eu tinha medo de te dar falsas esperanças do quão eu era feliz no meu dia-a-dia sem você e depois você fugisse quando suas asas melhorassem ou descobrisse que pessoas evitam contato comigo pôr que eu tenho um passado ruim, lembranças ruins o suficiente para eu ter medo de machucar você, Jacob ou a mamãe. Me desculpe.
ㅡ O passado não me importa mais! Não importa o que tenha feito ou deixou de fazer! Tudo foi pensando no bem dos que estão ao seu redor, se era isso o que você queria ouvir EU TE PERDÔO!!! ㅡ Após seus pensamentos o céu repentinamente cobriu-se de nuvens e sons de relâmpago puderam ser ouvidos enquanto uma aura vermelha cobria o corvo e mais um par de asas crescia em sua costa dobrando sua velocidade e precisão.ㅡ
Em questão de segundos ele baixou seu vôo ao enxergar três garotos em cima de um prédio, dois deles tentavam empurrar um de cabelo loiro que estava se segurando em uma barra de ferro na beira, não demorou para que caísse quando um deles pisou em sua mão assustando o corvo.
ㅡ Ah não! ㅡ No mesmo instante ele vôou na direção de Hwan Ung e o tempo pareceu se tornar mais lento o permitindo pensar ㅡ Se eu ficar na minha forma física humana eu amorteço a queda e ele no mínimo quebraria dois ossos, mas eu morreria na minha forma humana que seria guiada para ser julgada entre o céu e o inferno, no caso de uma reencarnação as chances de eu nascer na Coréia são mínimas e eu não conseguiria reencontrá-lo. Se eu tentasse apenas carregá-lo como corvo ele morreria pôr quê essa forma é pequena demais para suportar o peso. Eu não treinei minha transformação para lidar com os sentimentos, se eu tentasse diminuir o peso da queda o abraçando e depois o lançando para cima quando estivermos à pouco do chão ele ficaria á salvo, mas eu não vou conseguir mudar de forma à tempo por causa do sentimento de medo da queda. Pôr que tão complicado? Eu tenho de escolher entre mim e ele? ㅡ Tão perto, faltava pouco para alcançar Hwanwoong e ele havia apenas de escolher. Em um momento insano de coragem Ravn mudou para sua forma humana e abraçou o pequeno ser inconsciente em seus braços mantendo-se abaixo dele para servir como o sacrifício ㅡ Me desculpem, eu não fiz meu papel de proteger Jacob, eu sempre fui egoísta ao proteger coisas que são mais importantes para mim e estou agora pagando por isso sem arrependimentos.
ㅡ Ravn... ㅡ Sussurrou Hwan Ung em seus braços agarrando-se a si com mais força surpreendendo o outro ㅡ Não vá ㅡ Disse ainda inconsciente, mesmo assim causando certo efeito em Ravn que sentiu seu coração acelerar enquanto suas costas formigavam de modo doloroso, soltando um gemido de dor ao suas penas na costa perfurarem sua pele formando um par de asas pretas com manchas vermelhas de seu próprio sangue.ㅡ
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... When the sun goes down
FanfictionJacob Bae, um garoto que era incompreensível aos olhos comuns de sua cidade pelo fato de todas as noites ficar acordado sentado em sua janela ou no teto com seu violão conversando e cantando para a lua. Boatos sobre o Bae se espalhavam rapidamente...