Se dissesse que tinha um verdadeiro príncipe em casa ninguém acreditava por isso quando estava com a Madison e a Liv elas gargalhavam que nem umas loucas achando que eu estava a mentir quando lhes contava coisas que o Justin fazia.
Como mulheres que nós somos contamos tudo… TUDO mesmo às amigas, talvez seja uma necessidade que nós tenhamos de ter de contar e desabafar tudo às nossas mais que tudo.
Por vezes elas ficavam encantadas e convenhamos que não era para mesmo, não sei onde o Justin foi buscar tanta criatividade para fazer metade das coisas que ele faz. Quando fizemos uma semana que estávamos juntos cheguei a casa e tinha-a repleta de tulipas vermelhas, agora penso daqui para a frente como irá ser
Ele não me tinha pedido em namoro a sério, só sabíamos que estávamos a ter uma relação, e eu também não precisava de um pedido formal, desde que estivéssemos juntos para mim chegava.
Sentia-me uma adolescente de dezasseis anos quando namora no liceu onde tudo era um sonho, tudo era cor-de-rosa, não havia preocupações… só amor, amor e amor…
- Quando é que ele chega Brook?- a Liv perguntou enquanto almoçávamos no Melon
- Ele não deu a certeza, mas é entre hoje ou amanha- respondi pegando na taça de vinho branco
O Justin tinha deixado a cidade à uma semana por causa da empresa do pai dele que agora fazia parceria com a empresa do meu pai. Tinha ido ao Brasil em viagem de negócios, eu morria de ciúmes e estava todo o tempo insegura e inquieta.
Tinha razões para isso! O Brasil é quente, se é quente as pessoas usam menos roupa, ao usarem menos roupa o Justin também usa menos roupa! Ele como é, passa uma mulher com uma roupa mais reduzida e cai-lhe logo o queixo. Nem queria pensar muito nisso para não cair na tentação de lhe estar a ligar a toda a hora
- Ele que chegue logo que já estou farta de ouvir falar do Justin- a Mad resmungou fazendo-me atirar-lhe o guardanapo e a Liv rir
- Vocês arranjem um homem daqueles para depois perceberem-olhei para o relógio e levantei-me apressadamente- vocês até me fazem chegar atrasada à empresa! Tenho que ir embora
Deixei vinte dólares em cima da mesa, peguei na minha bolsa, nas chaves do carro e fui apressadamente para a empresa
- Boa tarde Joanne!- passei pela minha secretária- novidades? Reuniões de última hora? Recados?- perguntei antes de entrar na minha sala
- Não senhora Brook, hoje a tarde vai ser calma- sorriu, eu acenei-lhe sorrindo e entrei na minha sala quando o meu telemóvel tocou
Era ele, os meus batimentos cardíacos até aceleraram…
- Diz Justin- atendi sentando-me na minha mesa
- É assim que atendes o telemóvel ao teu amor? Estava com tantas saudades princesa…- já não ouvia aquela voz doce e rouca à dois dias e estava a tentar segurar-me para não me derreter na hora
- É! Se tinhas saudades ligavas mais cedo- não tirava aquela pose dura que até me dava um certo gozo
- Oh baby tenho andado só em reuniões e são três horas de diferença, quando penso em ligar-te já é tarde ai
-Até parece amor! Eu disse-te para me ligares a qualquer hora, nem que seja para dizeres boa noite- resmunguei
- Ah já me chamaste amor, já é um bom começo para tirar-te esse tão bom humor com que estás
- Eu estou sempre bem-humorada, depende é das pessoas – provoquei-o
- É baby? Então está bem vou desligar. Vou até à rua passear, ver as pessoas a passar…
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