Capítulo IX

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Rei Endymion estava no reino do tempo, local em que não existia ao certo um passado, presente ou futuro e la tudo era acinzentado e enevoado. Após algum tempo de caminhada o rei chegou nos portões do tempo-espaço e a sua espera estava a guardiã daquele local; Setsuna Meiou, a Sailor Plutão.

-Boa tarde, Pluto, me desculpe a demora. – Cumprimentou Endymion sorrindo.

A guerra retribuiu o sorriso e fez uma reverencia.

-Entre nós não há necessidade de formalidades, Setsuna. Eu vim assim que recebi o seu aviso, o que houve?

O sorriso da sailor foi consumido por uma expressão de seriedade, Endymion a conhecia muito bem e sabia que aquilo era sinal de que ela lhe chamará por algo realmente importante. A sailor respirou fundo e começou a passar a situação:

-Como você sabe, o tempo e o espaço são mutáveis e estão em constante alteração, geralmente estas alterações não costumam ser grande o suficiente para mudar o futuro de muitos indivíduos ou mudar as forças da natureza. Entretanto temo que algo tenha estimulado uma nova linha do tempo totalmente diferente do futuro conhecido.

A sailor ficou em silencio aguardando uma reação do rei que continuava à encarando com uma expressão inabalável. Endymion deseja saber mais sobre o fato e questionou a guerreira sobre o possível novo futuro e o causador desta nova linha de tempo, a sailor então voltou com o seu relato;

-Tudo que eu pude absorver ainda é muito confuso e disforme pois estamos diante de um caminho totalmente novo e até então não consolidado, mas posso garantir que envolve a geração de uma vida extremamente poderosa e a morte de outro ser extremamente poderosos.

A guerreira percebeu a mudança na expressão de Endymion e fez uma pausa. Aquelas informações vieram como um soco no estomago do rei que sentia que esta nova vida e morte envolveria o seu círculo social. A sailor se adiantou;

-Não consigo enxergar quem são os dois seres, sinto muito.

-Tudo bem... há mais informações?

-Sim. Eu consegui detectar a fonte causadora da nova linha de tempo e é o cristal de prata.

Aquilo o chocou. O cristal de prata estava alterando o futuro? Como seria possível? Aquela joia estava ligada à Serena, ela não havia comentando nada e era certo que ela conseguiria sentir alguma mudança no cristal.

-Rei Endymion, eu o chamei aqui pois gostaria de sua ajuda nas investigações. Inicialmente eu pensei na pequena dama, mas o período em que ela tenta se apossar da joia ainda está em um futuro longínquo.

-É verdade ainda falta tempo para tal fato – assentiu Endymion – e a sala em que o cristal de prata se encontra é selado com magia, no momento a Riny não tem capacidade e nem força mágica suficiente para abrir aquele local por vontade própria. A rainha ou alguma outra guerreira está ciente da situação?

-Não!

-Então nós vamos manter assim até termos mais informações. Eu não gostaria que elas descobrissem este possível cenário de futuro com informações tão vagas e acabassem ficando ansiosas.

-Compreendo rei Endymion e é por isso que gostaria de autorização para investigar novamente esta linha de tempo, mesmo que seja possível que eu não consiga obter mais informações dos que as que tenho.

-Eu autorizo e lhe darei suporte com as investigações.

A guerreira assentiu com a cabeça, ela olhou para Endymion que lhe sorriu.

-Mas era apenas para isso que me chamou aqui, Setsuna?

Endymion começou a se aproximando dela, ele parou na frente dela e colocou uma mão no rosto da mulher, olhando dentro de seus olhos.

-Eu senti sua falta. – Respondeu sem desviar o olhar do homem. Ele começou a acariciar o rosto da guerreira, levando os seus dedos até o queixo dela e levantando o rosto da mulher.

-Eu também senti a sua falta – Ele a respondeu enquanto a sua mão livre pousou sobre a cintura da guerreira trazendo o corpo dela para junto do seu, o seu rosto se reclinou encostando o seu lábio no dela, que retribuiu passando os braços em volta do pescoço dele enquanto o beijava.

*******

Safiro estava no quarto de Diamante aguardando a sua chegada. Ele estava ficando cada vez mais preocupado com o irmão que sempre retornava da terra mais desanimada e desmotivado. Safiro se sentia culpado por isso, pois se ele não tivesse se intrometido o príncipe não estaria indo para o planeta azul.

Ele sabia que suas intenções foram boas, ele acreditava que aquela seria uma boa oportunidade para o irmão aprender sobre o planeta, mas logo se deu conta de que o que Diamante queria era apenas se reencontrar aquela mulher, ele estava obcecado com a ideia e não encontrá-la estava deixando-o doente.

A preocupação de Safiro se desfez quando o seu irmão chegou, Diamante tinha um sorriso no rosto que era um sinal claro de que o dia havia sido diferente.

-Pode me contar tudo – Rindo, Safiro se levantou e foi cumprimentar o irmão.

Diamante lhe deu um abraço e começou a contar sobre o seu dia na terra; ele disse ao irmão sobre a impressão que ele teve de que Serena estava pensativa e incomodada com algo, falou do seu receio de conversar com ela, sobre ela ser a princesa lunar, sobre a chuva e, com ênfase, Diamante contou alegremente:

-Ela concordou em me apresentar a terra. A partir de amanhã ela irá me mostrar o planeta. Espero me tornar amigo dela e logo irei poder me apresentar de verdade, sem medos!

-Isso é ótimo, meu irmão – Disse Safiro sorridente – e ela poderá nos ajudar quando formos acabar com a tirania daquele planeta e assumir a liderança. Mas Diamante, nós devemos continuar tomando cuidado com ela. Agora sabemos que ela é a princesa descente da familiar lunar e se ela vive na terra de certo fez algum acordo com o governo tirano.

A expressão de Diamante mudou, ele ficou sério e começou a refletir sobre a colocação do irmão, ele sabia que um descendente da família real lunar ou da família real de Nemêsis eram um risco para o reino das trevas que tomavam conta do planeta terra, ele e ela poderiam estar em perigo e ele desejava descobrir como ela conseguia morar lá.

Percebendo que Diamante se perdia em pensamentos, Safiro disse ao irmão que ele haveria tempo para conversar com ela e descobrir a relação dela com a terra e para tentar descontrair o Safiro acabou mudando de assunto.

*******

Esmeralda estava atrás da porta do quarto do príncipe Diamante, ela tentava ouvir a conversa dos irmãos, entretanto conseguiu pegar apenas uma ou outra palavra solta, até que um sussurro correu em seus ouvidos:

-Sabia que é feio ouvir conversas atrás da porta?

O corpo da moça se arrepiou inteiro e ela teve que se segurar para não gritar, atrás dela estava Rubens que ria baixo e acabava de tomar um tapa de leve no rosto.

-Você está louco? Quer que eles descubram ou me matar do coração? – Disse Esmeralda em um sussurro raivoso, ela puxava Rubens pela camisa se afastando da porta do quarto. O rapaz ria enquanto era puxado achando a situação divertida

-Boneca, se você quer saber o que os dois conversam era só perguntar para mim e pelo preço certo eu daria um jeito de descobrir. – Disse dando uma piscadela, mas a resposta enfureceu Esmeralda;

-Eu não preciso de você, não agora!

-Você está brava por que eu te assustei? – Rubens fez um biquinho e começou a se afastar– Saiba que quando precisar o preço será duas vezes mais alto!

-Vá embora! – Gritou Esmeralda que tirou uma de suas pulseiras e tentou acertar o rapaz, este se virou para ela rindo e mandou um beijo enquanto piscava!

Passado a raiva Esmeralda tentou se lembrar das palavras que conseguiu capitar da conversa: terra, princesa, conhecer... O problema era que para ela tudo era desconexo e não tinha como saber se isso tinha relação com o trato que Safiro fez com Petzai, mas de uma coisa ela tinha certeza; ela iria descobrir o que estava acontecendo. 

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