Waiting For You - MARKHYUCK.

UTI.

Não, isso não poderia estar acontecendo...

Mark dizia em pensamento. Não era fácil para o canadense ver aquela cena em sua frente.

Recebeu uma ligação do pai de seu melhor amigo, ligação essa que Mark não quis aceitar de forma alguma que fosse verdade.

Mas esses pensamentos que até então formavam um escudo para sua mente sensível foram rompidos assim que viu Donghyuck em uma maca indo direto para ala UTI do hospital.

Esse foi o único momento em que conseguiu ver o garoto desde que chegara, e só de lembrar da imagem o canadense sentia seu peito o sufocar.

— Com licença, senhor e senhora Lee? Podem vir aqui conversar por um instante?

Um dos doutores que cuidava de Donghyuck apareceu no corredor silêncio que tinha apenas o choro da senhora Lee.

Mark se levantou junto com os pais do amigo, e até pensou em ir junto porém o olhar do médico pedia para que ele ficasse onde estava, afinal não era parte da família Lee apesar de terem o mesmo sobrenome.

Maldita hora que foi dizer que era apenas um amigo de Haechan...

Sentiu suas pernas ficarem banbas quando viu a senhora Lee chorar mais ainda e o senhor Lee com os olhos marejados.

— O que foi? O que aconteceu?

O tom do rapaz era de desespero, angústia.

— O que houve com Haechan? — Quase gritou quando sua resposta foi apenas o choro dos Lee's mais velhos.

— O meu filho está... está em coma...

A senhora Lee caiu em prantos nos braços do marido que agora chorava igual a ela.

Mark não aguentou e passou a chorar junto, e por mais que ainda houvesse chances de seu melhor amigo estar vivo, ainda era horrível ter uma notícia dessas.

[ . . . ]

Após tomar um calmante, a senhora Lee se encontrava em melhor estado, e foi decidido que ela passaria a noite no hospital com o filho, e depois de muita insistência o senhor Lee conseguiu convencer Mark que ele o levaria para casa.

— O que aconteceu, afinal?

Mark disse completamente sem expressões e com a voz falha, apesar de ter ficado quase nove horas no hospital, não lhe foi falado o motivo de seu amigo estar naquele estado, e o Lee mais velho evitou falar sobre aquilo na presença da esposa e também não queria a deixar sozinha naquele estado apenas para conversar a sós com Mark.

— O atropelaram... o doutor disse que deu hemorragia interna... — O homem segurava as lágrimas.

Mark suspirou, um suspiro que veio seguido de uma lágrima, e outra, e outra...

O trajeto do hospital até a casa de Mark foi longo, e o silêncio que se instalava no veículo só não foi mais desconfortável por ambos estarem com as mentes muito cheias.