Capítulo-2

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Capítulo-2

                      Narradora

     Sakura tocou a campainha, e logo uma senhora abriu a porta com um sorriso amigável.
     - Sakura! - Disse feliz. - Quem é a moça? - Disse se referindo a Hinata.
     - Jinko, essa é Hinata. E Hinata, essa é Jinko. - Sakura disse.
     - É um prazer conhecê-la, Jinko-sama. - Hinata disse sorrindo.
     - O prazer é meu querida. Entrem. - A senhora convidou.
     O tempo ali dentro passou tão rápido que num piscar e olhos, Hinata já estava dentro do pequeno apartamento, escovando os dentes para dormir.
     Os senhores não pensaram duas vezes, e deixaram Hinata ficar no apartamento. Eles combinaram que ela podia ficar ali de graça até conseguir um emprego.
     Hinata não podia estar mais feliz. Conseguiu um lugar para morar no mesmo dia em que foi expulsa de casa.
     Ela olhou o pequeno quarto e encontrou uma tomada ao lado da cama. Abriu sua mochila, pegou seu carregador, e colocou seu celular para carregar.
     Ela o ligou, e imediatamente várias mensagens e chamadas não atendidas de sua irmã foram recebidas.

Nabi <3

Mana, cê tá bem?
                    14:36

Hinata? Onde você tá?
Por que não responde?
                            14:58

Hinata, eu tô ficando
preocupada com você!
                             15:14

          23 chamadas de voz perdidas
                                                      15:25

Hinata, pelo amor de Deus!!
Me atende!
                                     15:26

O papai não quer deixar eu
ligar pra polícia!
                                     15:37

O seu celular acabou a bateria?
Que seja só isso!
                                      16:00

Hina, assim que você ver essas mensagens, me liga pelo
amor de Deus!!
                                        16:48

     Hinata arrastou a barra de notificação para baixo e viu que sua irmã havia ligado quase quarenta vezes.
     A menina retornou uma das chamadas, e esperou.
     - Hinata... - A voz de Hanabi se fez presente do outro lado da linha.
     - Hanabi... Me desculpe, meu celular acabou a bateria, e eu não consegui colocar pra carregar antes, eu não queria deixar você preocupada.
     - Tudo bem, mana, tudo o que eu queria era ouvir sua voz. - Hanabi respondeu com a voz falhada.
     - Não chora, Nabi... Eu vou ficar bem, já até arrumei um lugar pra ficar. - Disse tentando animar a irmã.
     - Sério? Onde é? - Hanabi falou feliz.
     - Depois eu te mando o endereço porque eu ainda não sei. Mas é um apartamento pequeno, que fica em cima de uma lanchonete que se chama Ichiraku. O lámen daqui é maravilhoso, e o aluguel é super barato! Eu só preciso arrumar um serviço. - Hinata disse.
     - Fico feliz que tenha conseguido, mana. - Hinata ouviu a irmã bocejar do outro lado.
     - Vá dormir, Nabi, amanhã você acorda cedo. - Hinata disse carinhosa.
     - Tá bem, Hina, vá dormir também, já tá tarde e você deve estar cansada. Boa noite, eu te amo.
     - Boa noite, Nabi, eu também te amo. - Disse e desligou a chamada.
     Hinata deitou na cama já com seu pijama, e sentiu seu corpo relaxar no colchão que por sinal era muito confortável. Fechou os olhos e apagou.

                ...

     O som do despertador do celular se fez presente, e Hinata abriu os olhos lentamente.
     Ela se esticou na cama, e desligou o alarme. Se sentou, observou a parede branca em sua frente e respirou fundo.
     Iria começar a procurar emprego, e iria trancar sua faculdade por enquanto.
     Ela se levantou, foi até o banheiro e fez sua higiene pessoal. Saiu de lá, abriu sua mochila pegando um vestido azul bebê, que cobria até os joelhos, de mangas curtas. Prendeu seu cabelo e ajeitou sua franja, que quase caia nos olhos.
     Ela pegou a menor mochila e esvaziou, guardando todas as coisas em um armário. Colocou apenas seus documentos e celular lá dentro.
     Calçou um coturno Dc. Martens clássico. Saiu do pequeno apartamento trancando a porta e desceu as escadas.
     Chegando no final, ela sentiu um cheiro maravisolho de café. Sua barriga deu sinal de vida, mas ela se recusou a comer, não podia ficar ali de favor e ainda comer de graça, arrumaria uns trocados por aí e comeria qualquer coisa que desse para forrar o estômago.
     Ela encontrou Sakura e Teuchi. O mais velho conversava com alguém em quanto preparava o que parecia ser um misto quente. Só haviam os três ali.
     - Bom dia, Hina! - Sakura falou animada.
     - Bom dia, Saky, Teuchi! - Hinata respondeu no mesmo tom.
     - Bom dia, Hinata. - Teuchi cumprimentou. - Sente, vou fazer algo pra você comer.
     - Ah, obrigada, senhor Teuchi, mas eu não posso aceitar, o senhor já está fazendo muito por mim, eu me viro pra comer algo na rua. - Hinata disse imensamente agradecida pelo que o senhor estava fazendo por ela.
     - Ah que isso, Hinata, sente-se, eu insisto! - Ele insistiu, e logo em seguida a barriga da menina roncou. - Acho que você não tem escolha. - Disse brincalhão.
     - Realmente, acho que não tenho escolha. - Ela sorriu com as bochechas coradas.
     Ela caminhou para se sentar em um dos banquinhos, e conseguiu visualizar melhor quem estava sentando ali. Um homem, que mesmo estando sentado, era alto, cabelos loiros rebeldes e brilhantes, pele levemente bronzeada, olhos mais azuis que o céu, três intrigantes risquinhos em cada uma das bochechas, e era possível notar que ele tinha o corpo definido, e a postura reta.
     Ela se sentou a um banco de distância dele, e se sentiu extremamente intimidada com a presença dominante daquele estranho.
     - Aqui, Naruto, bom apetite. - Sakura lhe entregou, um prato com o misto quente e um copo com cappuccino.
     - Obrigado, Saky. - Ele sorriu, e que sorriso.
     - Hina, o que vai querer? - Sakura perguntou.
     - Um misto quente também, e café puro, por favor. - Ela pediu.
     - É pra já, linda! - Sakura disse divertida dando uma piscadela para a amiga que riu.
     Era impressionante como em menos de vinte e quatro horas as duas já haviam criado uma ligação forte. Sakura surgiu do nada, e Hinata já a considerava muito.
     - Alô. - O homem ao seu lado falou, sua voz era rouca e sensual. - Fala devagar, Shikamaru. - Ele pediu e esperou alguns segundos. - Eu vou te ajudar a resolver isso aí, mas antes preciso passar na boate. - Esperou mais um pouco. - Até.
     - Aqui, Hina. - Entregou-lhe o café da manhã.
     - Obrigada, Saky. - Hinata falou sorrindo.
     - E aí, loirinho, o que o cabelo de abacaxi queria? - Sakura perguntou claramente curiosa.
     - A Temari brigou com ele, e cê sabe como ele fica.
     - Triste pra caramba. - Sakura disse. - Ah! Quase esqueci. Naruto, essa é Hinata. Hinata esse é Naruto. - Sakura os apresentou.
     - É um prazer conhecê-lo, Naruto. - Hinata sorriu gentil.
     - O prazer é meu, Hinata. - Ele sorriu de volta.
     - Naruto, o que vai fazer na boate? Cê nunca vai lá essa hora. - Sakura perguntou.
     - Uma funcionária pediu demissão, e eu tenho que achar alguém pra ocupar o lugar dela.
     - Ela era garçonete ou... - Deixou a frase no ar sabendo que o amigo sabia exatamente o que ela queria dizer.
     - Garçonete.
     - E q-quanto é o salário? - Hinata perguntou tímida.
     - Mil e quinhentos. - Ele a olhou. - Está interessada?
     - Sim.
     - Se quiser estarei lá a manhã inteira. - Ele disse se levantando. - Esse é o endereço. - Entregou-lhe um cartão preto.
     - Obrigada. - Hinata agradeceu.
     Ele sorriu e andou na direção do caixa, pagando o que havia comido. Se despediu de todos e saiu do lugar.
     - Garota, você tem sorte! - Sakura disse. - Arrumou uma entrevista de emprego de cara.
     - É, acho que a sorte tá do meu lado. - Ela sorriu. - Eu vou indo, obrigada mais uma vez pela hospitalidade. - Ela se levantou.
     - Boa sorte! - Teuchi e Sakura falaram em uníssono.
     Hinata decidiu ir primeiro em sua faculdade, para tranca-la por um tempo. Meia hora caminhando, e ela finalmente chegou na faculdade. Respirou fundo e entrou no lugar.
     Meia hora depois ela terminou de resolver tudo o que tinha para resolver na faculdade. Saiu do lugar e se sentou em um banquinho que havia do lado de fora do campus.
     Pegou o cartão em sua mochila e olhou o endereço da boate.
     - Kyuubi Kurama... - Ela sussurrou o nome. - Vamos lá! - Se levantou.
     Procurou por alguma placa que dissesse o nome do bairro. E para sua sorte, a boate ficava no mesmo bairro.
     Ela entrou em uma rua, depois em outra, em mais outra, e como não tinha um bom senso de direção, ela se perdeu e não soube voltar.
     "Vou ter que pedir informação." Ela pensou derrotada.
     - Com licença. - Ela disse a uma senhora que estava sentada na porta de sua casa.
     - Sim?
     - A senhora poderia me informar onde fica a avenida Konohagakure? - Hinata perguntou.
     - Ih minha filha, você tá longe. Você subindo essa rua, vai sair lá na faculdade, vira pra direita e vai até o final, até você encontrar uma avenida, depois vira pra esquerda e segue até encontrar outra, essa outra vai ser a Konohagakure, elas se encontram. - A senhora explicou.
     - Obrigada. - Hinata agradeceu sorrindo.
     Ela fez o que a senhora indicou, com um pouco de dificuldade em diferenciar a direita da esquerda, mas no fim conseguiu.
     Ela olhou aquela avenida imensa e várias pessoas transitavam de um lado para o outro focadas em ir trabalhar, ir para a escola ou procurar emprego.
     Achar a boate não foi difícil, apenas perguntou a alguém para que rumo ficava e encontrou com facilidade.
     Havia uma pessoa na porta, e essa se levantou quando Hinata ss aproximou.
     - Veio para entrevista? - Ele perguntou.
     - Sim.
     - Atravesse o salão, no final, atrás do palco, tem uma fila, espere nela. - Ele respondeu abrindo a porta.
      - Obrigada.
     Ela entrou e viu a luz da rua se esvairar, indicando que a porta havia sido fechada. Hinata olhou em sua volta e viu que o lugar era luxuoso e espaçoso.
     Em um canto havia um balcão que provavelmente era o bar, haviam mesas com assentos em U espalhadas perto das paredes, uma pista de dança enorme, e um palco mais no final, ali haviam três pole-dance. Ela olhou para cima e encontrou mais três pole-dance, provavelmente tinha um segundo andar ali, e ela arriscava chutar que o lugar era VIP.
     Ela atravessou o salão e chegou até o palco, o rodeou e encontrou cinco mulheres sentadas, ela se sentou também, sentindo um alívio afinal caminhou muito.
      - Com licença, poderia me dizer seu nome completo e sua idade? - Uma mulher perguntou.
     - Hyuuga Hinata, tenho dezoito anos.
     - Obrigada. - A mulher disse após anotar.
     Hinata esperou por um tempo e logo foi chamada pela mesma mulher de antes, ela bateu na porta e logo veio a permissão.
     A menina entrou e encontrou o loiro sentado.
     - Que bom que veio, Hinata. - Ele falou. A voz daquele homem lhe causava arrepios. - Sente-se. - Ele apontou para uma das cadeiras em frente à sua mesa. - Então, Hinata... Seu pai é dono de uma empresa de moda, certo? - Ela assentiu. - Por que está procurando emprego?
     - Meu pai me deserdou porque eu quero fazer faculdade de medicina e ele quer que eu faça outra que me ajudasse a administrar a empresa futuramente, e nossa família tem o costume de expulsar os deserdados de casa.
     - Certo... Já trabalhou alguma vez?
     - Uma vez eu trabalhei em um supermercado como repositora de estoque.
     - E por quê saiu?
     - Eu não queria, mas meu pai me fez sair, alegando que eu não precisava trabalhar.
     - Entendi... Me fale três qualidades e defeitos seus.
     - Eu sou amorosa, calma e persistente. E sou um pouco ciumenta, sensível e não tenho um senso de direção muito bom.
     - Tem algum vício, ou problema de saúde?
     - Não.
     - Como eu já disse antes, o salário é de mil e quinhentos. Esse é o nosso uniforme. - Virou o monitor do computador para ela que sentiu as bochechas arderem, era uma espécie de body tomara que caia preto com um rabinho de coelho, um arco com orelhinhas de coelho, uma gargantilha simulando o colarinho de uma camisa e saltos pretos. - Se sentiria confortável?
     "Não posso perder essa chance, ainda mais com esse salário!" Ela pensou.
     - Sim, não tenho problemas com o uniforme.
     - O horário de serviço é das nove da noite às cinco da manhã, e então, aceita o emprego? - Ele perguntou.
     - Aceito.

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[Presente pra vocês!!]

   Yoo!! Não me matem por favor! Eu sei que demorei muito tempo pra atualizar Irresistível, mas eu simplesmente não conseguia dar andamento nessa fic. O bloqueio criativo me pegou de jeito.
     Também sou leitora e sei que é ruim esperar, mas por favor me perdoem, eu não faço por querer!!
     Nosso Naruti... ou melhor Narutão apareceu kkkkkk!! O trabalho da Hinata na boate vai ser crucial pro andamento do nosso casal.
     Bom, espero que vocês tenham gostado desse capítulo!!
     Amo vocês, até o próximo, um beijão!! ^3^

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2021 ⏰

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