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𝑱𝒐𝒂𝒍𝒊𝒏

10 horas antes

Passou meia hora desde que aquele monstro trancou me no meu quarto. Não estava fácil sair daqui mas se queria a vida que sempre sonhei não poderia perder as esperanças. Tudo estava em jogo e só tinha de pensar numa única maneira de sair daqui sem que ele voltasse.

A resposta era bastante simples... Matá-lo!

Mas seria eu, Joalin Loukaama, capaz de matar alguém?

A verdade é que não sabia se sim ou se não.

Fugir não era opção, se ele conseguiu me manipular ao ponto de eu achar que um suposto amigo meu era confiável, quando na verdade era só um monstro em criação.

Manipulá-lo ao ponto de ele acreditar que eu o amo e mais cedo ou mais tarde, contactar a polícia para o prender? Iria demorar mais de um mês até conseguir ter metade da sua confiança. Definitivamente não aguento mais de uma semana aqui.

Mas matar alguém? Não estava disposta a ter de ir para a prisão, alguns anos, apenas por causa dele. Sem contar que não seria suficiente corajosa para o fazer. Provavelmente, ficaria a meio do ataque e ele iria perceber o que eu estava a fazer. As consequências iriam ser piores do que outra coisa. Provavelmente iria trancar-me num quarto, usar e abusar do meu corpo. E já chega todas as coisas nojentas que ele fez comigo. Arrepio-me só de lembrar...

Estou à duas horas à volta do quarto. Faço mil e um planos e nenhum parece ser bom ao ponto de me encorajar a fazê-lo.

Olho para todos os lados e os meus olhos encontram uma jarra, perto do armário branco. Se conseguir partir a jarra no maior silêncio, vou conseguir arranjar alguns vidros. É só acertar um no pescoço e ele fica inconsciente, certo?

Não custa tentar...

Pego numa manta e na jarra. Enfio-me no armário na tentativa de fazer o menor barulho possível. Agarrei num livro e bati com força. Ainda soou algum barulho mas deu para disfarçar. 

Ao tirar a manta, um vidro faz um enorme corte profundo na minha mão mão. Merda! Se eu não tratar disto posso ganhar uma infecção. 

Joalin- ALGUÉM ME CONSEGUE OUVIR?

XXX- Diga menina.

Joalin- Raspei a minha mão na janela, acredito que fiz um corte profundo.  Quero ir à enfermagem!

XXX- A menina não está em condição de pedir nada!

Sr. Smith- Jones, deixa-a comigo!

Jones- Sim, chefe.

Joalin- Quem é o senhor?

Sr. Smith- Eu sou o braço direito do menino Afonso. Você portou-se mal. Qual foi a sua ideia? Fugir?! Não era óbvio que ele a iria apanhar, menina?

Joalin- Eu estou desesperada, senhor!

Dou-lhe a minha mão para que ele consiga teatar da ferida.

Sr. Smith- Menina se me permite a franqueza... Eu conheço o menino Afonso. Sei à quanto tempo ele está em busca por si. Ele não é burro. Aliás, ele tem uma capacidade intelectual bastante impressionante. Se quer ter a melhor vida possível aqui... Porte-se bem. Faça como ele quiser. E se tiver sorte a polícia vai ajudá-la. Pronto, agora a sua mão vai melhorar. Descanse. O menino Afonso quis suspender o seu castigo e vai poder jantar com ele. Até já.

Seria capaz de aquele homem ter razão.  Não vale a pena lutar. Tudo vai voltar para mim. Se o meu plano correr mal, a minha vida vai ser uma miséria, muito pior do que já está. Não posso arriscar tanto. Eu confio que o meu irmão e o Noah vão me salvar. 

30 minutos antes

Afonso- Olá fada! Como é que foi esta tarde? Aposto que estás a morrer de fome.

Que voz irritante! Será que ele nunca se cala.

Afonso- Estou a ver... Não vais falar comigo. Bem bom apetitt!

O Afonso escolheu a música mais psicopata que poderia existir. Pelo menos tornou o ambiente menos pesado.

Afonso- Enquanto estavas no quarto, fui à cidade. Nem imaginas a honra que tive quando apontei a arma à cabeça daquele músico irritante.

Joalin- Como?

Afonso- Noah é familiar?

Joalin- Tu não fizeste isto, pois não!

Afonso- Ora..

Joalin- DIZ-ME!

Afonso- Algum dia iria acontecer mais cedo ou mais tarde...

Joalin- EU ODEIO-TE!

Acabou... o Noah estava morto. Tudo por minha causa. Tudo porque tenho uma maldição a trás de mim. O meu coração estava negro, pesado.

Afonso- Vamos usar essa raiva para algo mais produtivo.

Ele começa a puxar o meu cabelo e a arrancar as minhas roupas. Cada toque no meu corpo, a minha raiva aumentava e como por instinto agarrei na faca da mesa e espetei-lhe na barriga.

Aos poucos, ele agarra-se à faca na tentativa de a tirar. Ele vai começando a perder as forças e cai de joelhos no chão. Ele olhava para mim- "Como é que me fizeste isto? Eu amava-te."

Sussuros de ajuda, eram soltados na tentativa de chamar ajuda. Mas rapidamente, perdeu o fôlego e caiu no chão. Desamparado. Coberto de sangue.  Coloquei os meus dedos no seu pescoço e nada de pulsação.

Estava morto

Lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. Mas não eram de tristeza, eram de felicidade. Acabei com ele de uma vez por todas!

Olhei à minha volta... 4 guardas estavam à minha volta com pistolas apontadas à minha cara.

Sr. Smith- Parem! Abaixem as armas.

XXX- Mas senhor...

Sr. Smith- Abaixem a porra das armas! Se não querem ter nada a ver com isto fujam e vão ter com a vossa família. E não se preocupem com o dinheiro, daqui a 1 mês será depositado 40 000 mil dólares na conta de cada um de vocês mas agora SAIAM DAQUI.

Os 4 homens corriam do local. Sr. Smith aproximava-se de mim com um olhar difícil de decifrar.

Sr.Smith- Mataste-o!

Joalin- Eu tinha de o fazer!

Sr. Smith- Eu sei...

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𝑻𝒂𝒌𝒆 𝒂 𝒄𝒉𝒂𝒏𝒄𝒆 𝒐𝒏 𝒎𝒆 {𝑵𝒐𝒂𝒍𝒊𝒏}Onde histórias criam vida. Descubra agora